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Out of the blue

Esta é nova... Sempre adorei música. Já tentei compô-la e nunca saiu nada... Hoje, out of the blue (como o seu próprio título), senti um impulso para escrever isto... espero feedback, seja bom ou mau! I've thought hundreds of times About the possibilities that I'm leaving behind While I'm standing here by your side And watching the life go by outside... Whenever you call I'm right there Whenever we're lonely We stand by each other But that's the thing about leaving you It just doesn't make sense... 'Cause there is something about you There is a life in your eyes That I can't seem to forget Maybe it's because it could be our life together... When you look at me With those foolishly beautiful green eyes I know that you're my beach, my song, my lighthouse I get lost in this serendipity And out of the blue, I know that I'll never look the other way So don't mind these words When I say I've had enough of you That just isn't true I...

Momento pessoal. Escutem e guardem...

Vou escrevendo sobre tudos e nadas. Coisas grandes, pequenas coisas, significados e insignificâncias. Porque me acalma, porque me ajuda a debater as coisas dentro de mim. Porque preciso de escrever, ou porque simplesmente me dá prazer. Mas sobre este assunto, passados meses, não tinha ainda conseguido escrever. Como se ainda não tivesse conseguido reunir fôlego para tal. Como se fosse uma ferida tão grande e sensível, que qualquer abordagem escrita ao tema me iria derrubar de vez. Era um assunto monstro demais, grande demais dentro de mim, e a simples ideia de pôr luz sobre ele dava-me pânico, até hoje. Falo do dia em que perdi uma grande amizade. Percebo agora que quando um amigo nos desilude, nos magoa derradeiramente, a dor que fica não é mais aguda, acutilante ou destruidora do que a de uma desilusão com um grande amor. Mas para mim tem sido, verdadeiramente, muito mais difícil de gerir, de ultrapassar, de esquecer. Tem sido uma dor muito mais constante, um espinho cravado que de v...

Pequeno excerto de dias doces

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Madrid foi aquilo a que se poderia chamar um sucesso redondo. Muito jamon ibérico, muito frio na cara a despertar-nos, muitas milhas nos ténis novos e maravilhosos, muitos lugares, edifícios, momentos vividos com os sentidos todos despertos. Descobri Madrid contigo... fomos namorar para o Mercado de San Miguel, a comer tapas deliciosas e a beber uma bela taça de vinho. Corremos as praças todas, Mayor, de Santana, Sol... desenvoltos, descontraídos, dedicados à cidade. Descobrimos pormenores ternurentos, ruelas escondidas, espectáculos de rua que nos fizeram rir. Desbravámos a linha do metro como se fosse a nossa. Cultivámo-nos nas exposições de fotografia na Caixa Fórum (uma delas sobre a Maternidade no Mundo, lindíssima), e rompemos o que nos restava dos pés no Reina Sofia, redescobrindo mentes loucas e génios furiosos. Desdobrámo-nos em piqueniques no parque do Retiro, corremos (ou neste caso eu) atrás dos esquilos, ficámos deslumbrados com o Palácio de Cristal (apaixonei-me... quero ...

Menina da manta de retalhos...

O frio parece querer trazer de volta as mãos em ponto de rebuçado... entro em parafuso, e peço (eu que não costumo falar com entidades superiores a 1m90) aos céus que tragam um bocadinho de calor, que o meu corpo já se vai retesando das meias demasiado quentes, do abafar dos sapatos e das luvas de pele. É verdade que uma festinha tua suaviza tudo... um beijinho na ponta dos dedos parece adormecer-lhes a dor. Porque há qualquer coisa que a minha pele não suporta, no dia-a-dia. Que as pontas dos meus dedos sentem como agressiva... Mas tu ainda me vais amaciando os sentidos. E eu bem que vou colocando músicas calminhas no leitor de música; bem que revejo fotografias de dias soalheiros, protejo-me de noites sem descanso e ponho as mãos "de papo para o ar" assim que espreitam uns raios de sol. Mas sinto-me a querer quebrar... Um dia destes, uma amiga dizia-me que alguém com a mesma sina que eu se diz grato com este problema. Perguntava-lhe como pode isso ser possível, e ela ensino...

Há coisas que são como janelas...

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Há coisas que nos colam a alma. Um lobinho companheiro e guardião, que nos sorri e saltita à chegada, como se fôssemos a pessoa mais importante do mundo. Que nos dorme aos pés e nos guarda a cabeceira enquanto fazemos uma sesta no sofá. Séries repetidas do Frasier e do Friends , tão velhinhas mas tão aconchegantes como a mantinha nos joelhos. Acompanhadas da pasta favorita, massonga (receita de família que nunca nos deixa mal), ou mais tarde de um leite quente com açúcar. Há coisas que nos preenchem. Que nos fazem sentir completos . Como um dia cheio de pessoas que precisam da nossa ajuda, e que conseguimos ajudar! Sair do trabalho depois da hora, com a sensação de que cumprimos o nosso dever, que ajudámos alguém... Uma manhã que nunca mais acaba e que se debruça sobre o almoço. Mas que almoço é esse, nem me lembrei que havia fome! E de repente já é de tarde mas não faz mal, porque estamos a fazer "o bem". O cansaço esfuma-se quando vamos no autocarro desligados do mundo, e...

Ironia

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Ironia. Um dia tenebroso como este do lado de fora da janela. A casa fartou-se de pingar por dentro, anda-se de baldes e alguidares e panos encharcados por todo o lado. As janelas batem, o cão não quer ir para a rua nem por nada, não se vê nada para além dos vidros chorados violentamente pelo vento. Um dia que devia ser dado como feriado para as pessoas não terem de sair de casa... Enfim, o que tecnicamente se devia chamar "dia de ronha, sofá e mantas". E eu a ouvir coisas como Unchained Melody (Righteous Brothers), When a man loves a woman (Percy Sledge), Say a little prayer (Aretha Franklin), várias de Nina Simone... mas mais que isso, a grande ironia... What a wonderful world (Louis Armstrong)!!! Ora olhem lá para fora e repitam lá isso...

Aluga-se cantinho onde poder chorar

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Hoje, um dia de bochechas húmidas, céus cinzentos ou muito negros, pouca luz no coração. Dirijo o candeeiro da secretária que mais parece um holofote directamente para a minha cara, a ver se acordo, se me trago um pouco mais de vida cá para dentro. Que os pássaros andam às voltas no céu, compreendem a minha confusão. Para onde foi o sol, que trazia esperança aos planos, apesar da frescura do Inverno nas bochechas? Para onde foi a esperança, na verdade, que é ela que se esconde atrás das nuvens? O descontrolo regressa, nas lágrimas que não querem por meio nenhum passar silenciosas. Ainda assim esforço-me para que as suas vozes não sejam ouvidas. Mas preciso tanto de chorar... Não há privacidade nesta casa sem portas, onde se entra e manda e desmanda e arruma o que é dos outros sem pedir. Inclusivé os sentimentos e as vontades e os valores. Arruma-se segundo os códigos de outro, e não do dono. Por isso nem para as lágrimas há espaço, não vão elas ser arrumadas na gaveta nº 2 dos Sentime...