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A mostrar mensagens de julho, 2016

Espaços vazios.

Impedes-me de tudo. Cortas todo e qualquer caminho que me possa seduzir para chegar até ti. Castigo. Não compreendes que não se deve castigar quando não houve mal feito... Mas e convencer-te disso? Sobra-me a escrita. Sobram-me as palavras deitadas ao vento da era digital, sem saber sequer se este vento as levará até ti. A esperança é escassa. "Sem um adeus, sequer..." Que folgas estas, que me levam o ar todo e me deixam sem norte. Foi disto que eu fugi, e nisto caio novamente, contra os meus próprios avisos. Às recordações doces, divertidas; às gargalhadas e às cumplicidades, às mãos dadas de fugida vêm juntar-se as discussões, as acusações feitas de pó e as inseguranças que desde o início nos fazem tremer o barco. A espaços isto vai acontecendo; a minha resistência vai diminuindo... "Sentir em nós, uma razão para não ficarmos sós..." Porque é que eu achei que eras uma rocha? Porque é que me deixei convencer que podias ser a minha rocha, mesmo quando nunca p

O coração pede. Damos?

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Os pores de sol não páram de acontecer. Mesmo que não vamos à sua procura; mesmo que não paremos para os contemplar, ou que o nosso lugar na plateia não seja o mais privilegiado. Todos os dias, tal como (e porque!) a terra continua a rodar, um novo entardecer se perfila, em diferentes tons de morno e aconchegante, mas sempre convidando-nos, qual gato a pedir colo. Do lado de cá, de olhos arregalados, também o coração já vai pedindo para se voltar a esparramar no passeio, juntando-se ao ouro líquido com que o sol banha os passeios. Pede-se encarecidamente: destranquem as portas. Deixem sair os suspiros, as mãos dadas e as cumplicidades. Inventem-se novos estratagemas para surpreender e fazer rir - que cada gargalhada é mais um dia de vida. Haverão a par e passo pânicos, inseguranças, ciúmes. Mas para cada queixume deverá haver um abraço apertado a condizer. Uma mão forte a segurar; uma carícia, um beijo no pescoço; um elogio dos que fazem parar o relógio. E muito importante, nos