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A mostrar mensagens de maio, 2018

No vale dos anseios.

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É do vale dos anseios que vos chego, hoje. Lá para o fundo de uma caixa, talvez. Onde, feito o inventário e dispersos os efeitos especiais dissuasores de atenção, estou sozinha. Um lugar onde tantos se encontram tantas vezes - sozinhos, todos eles. Mas onde nunca ninguém se sente acompanhado, por mais rumores que oiçam dizendo que isto é normal, que acontece a muito boa gente. Isto porque se trata de um jogo invisível. Não é a perna que incha, nem o osso que parte. Nem sequer se pode dizer que é o coração que pára de trabalhar - isto porque o coração em boa verdade é uma bomba, e não um reservatório de emoções, como metaforicamente descrevemos. Porque esta é casa de escritores, poderíamos, ainda assim, permitir-nos a metáfora do coração cansado... mas não, nem assim se descreve. Ansiedade. Talvez seja simplesmente perder o controlo sobre o que acontece ao nosso corpo, tornando-nos espectadores que não obstante sofrem também as consequências (ao estilo de um cinema com efeitos