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A mostrar mensagens de janeiro, 2006

Café & Cacau...

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Cacau e café... hum, enrolam-se na língua como dois amantes, deixam um sabor quente que jamais se desmancha. O aconchego do café e a suave textura traquina do cacau, ligam-se como duas mãos. É impossível parar de querer mais desse "colinho" de sabores, que nos invade sem pedir e nos regala por dentro. O café é forte, o cacau é doce... juntos são um turbilhão para os sentidos que, atordoados, se deixam embalar... O universo dos sabores faz magia! Somos marionetas dos sentidos, vivemos para sentir, sentimos para viver... enfim, o aveludado sabor desta mistura adormece-nos lentamente os sentidos para o resto do mundo de sabores... Hum... mas tu e eu... tu e eu somos café e cacau. A questão agora é: quem é quem?

Agora que é noite...

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Fecha os olhos, agora que já é noite. Porque não há raio de sol que possa incomodar o teu doce passeio espiritual... não há fiozinho de luz que possa penetrar nos teus olhos e interromper a tua meditação. Aproveita agora que há sossego à tua volta, para poderes interiorizar esse silêncio, salpicar a tua alma com ele e dele fazer a tua oração, o teu grito. Vira os teus sentidos para a Natureza... descalça-te, e caminha como se pisasses o coração da Terra. Olha vezes infinitas para o horizonte, que infinitas vezes encontrarás algo de novo para amar... Conta as estrelas, e não te canses nunca de contar a mesma outra vez... uma, duas, três vezes. Chama-as pelos seus nomes, e ouve-as responder com o palpitar do seu brilho... às vezes, o céu parece uma mesa comprida, à qual não vês o fim... está coberta com uma toalha de um azul profundo, e é iluminada apenas por pequenas velas! Pensa no vento como alguém que abre os braços para te erguer lá no alto, e te segura, para te dar a sensação de qu

Wicahpis

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Havia poesia nas gotas de água que brilhavam nas pontas do teus cabelos, depois de mais um mergulho... pendiam lentamente no escuro do teu cabelo, cintilando como estrelas! E quando estava deitada a sentir o sol na pele, abria os olhos e virava a cabeça para te olhar. A sensualidade do teu corpo estendia-se ao longo da toalha, ali, a segundos de mim. Respiravas calmamente, como um bebé acabado de alimentar e de adormecer nos braços da mãe, enquanto a ouve cantar uma canção doce. E o azul do céu, tão vivo, só terminava nas linhas da tua barriga... pelo menos aos meus olhos deliciados. De repente, uma nova luz nascia. Eram os teus olhos que se abriam para mim lentamente, confundidos pelo sol, mas já a deixar adivinhar um sorriso só para mim... Os teus olhos são banhados por um verde mágico, misturado com a suave cor do mel de que és feito... A tua boca em forma de coração faz-me sonhar... só de imaginar esses beijos de algodão macio, tudo em mim palpita e vibra como um comboio a vapor! E

Pombinha sem fel...

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Sentada na lua, baloiçando os pés Hoje não sou ser humano, sou um pássaro Voando nas asas do silêncio, procuro Abrigo da dor que chove dentro de mim. Brinco às escondidas com a minha mágoa Escondo-me nas nuvens, no tempo a passar Fujo de conversas como criança Choro, rio, mas contenho-me. Oiço a melodia de uma baleia Do mar, o vento a traz até mim É o ritmo da eterna esperança Ilusão que não chega, isso sim. Nado no oceano do tempo Que corre como a água de uma cascata Quem não mata a sede da vida esquece Que depois da vida vem a morte. Não caias, dá-me a tua mão Agarra-te à verdade, não à ilusão Deixa os olhos serem guia, não o coração Ou o sonho dormirá de eterna distância. São lágrimas que correm enquanto deito Estas palavras em que não acredito Ao vento que as leva e as não traz O mesmo que levou o meu anjo... para um sono eterno.