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A mostrar mensagens de abril, 2012

Com todo o respeito.

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Dá para fechar os olhos. E procurar aquele cantinho dentro de mim onde existe paz, onde há apenas espaço para mim. As ondas vão batendo. Querem levar a sua avante. Deixo-as pensar que assim será. Deixo-me boiar, o tempo suficiente. Deixo que a maré me dê boleia até onde eu planeio ir. E nessa altura, agarro-me às rochas e escalo, de um só fôlego. Com toda a força que armazenei enquanto esperava. Sei que estou de pés descalços, pois sinto com naturalidade os pés a adaptarem-se às rugosidades. Sinto o cheiro a mar, como se fossem gritos seus nas minhas costas. Sem hesitação, ergo-me com as mãos e a impulsão das pernas, cada vez mais fortes. Alcanço o meu lugar. Aquele que escolhi para mim. Com todo o respeito, ondas. Mas já chega de brincadeira. Está na hora de começarem a deixar-me levar o barco...

Ele veio visitar-me...

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Hoje, o sol veio visitar-me. Escondido do resto do mundo, viajou por entre árvores, casas e ar. Estendeu como braços os seus raios até mim, através da janela que me prendia. Acariciou-me a cara e disse-me sem palavras, claro como um telegrama: "Tem esperança. Amanhã será melhor". Da mesma forma que os momentos maus nos deitam abaixo, também nos mostram que estamos cheios de amor à nossa volta. Que temos forças e que vamos conseguir levantar-nos. A minha canção hoje é de esperança. Sabendo que o pior ainda não chegou. Mas levanto a cabeça. Anda lá, dá o teu melhor para me mandar abaixo. Eu vou dar tudo o que tenho para te ver desistir.

Não sei quando me perdi...

Não sei quando foi que me perdi, na minha vida, de mim própria. Não sei quando foi que o meu corpo aprendeu a rejeitar-se, que deixei de conhecer a orientação para os meus próprios passos. Não sei também quando deixei de ter vontade de olhar para mim própria. Ou onde deixei a vontade de sorrir... Sei que hoje dou por mim a procurar mapas para um sítio que aprendi a desconhecer: a minha própria paz. Sinto-me encurralada. À minha frente , está a caixa de Pandora, que agora se abre e desvela coisas enegrecidas, distorcidas e contorcidas saindo de dentro de mim. Dizem que a terapia é isso mesmo; uma espécie de purga. Assim me sinto, purgando a toda a hora, em pesadelos complexos e confusos, em todas as horas acordadas do dia, onde sou abalroada por comboios de pensamentos dolorosos, duvidosos e inseguros sobre mim, sobre as minhas acções. Continuando esta interessante metáfora, sou encostada à parede, de ambos os lados , pelas relações que se complicam, desligam e colidem. Sinto, em tod