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A mostrar mensagens de maio, 2006

ensaio de um sorriso...

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estou a sentir... o meu corpo está tão perto de partir... tudo se quebra à minha volta e o chão, como num vulgar cliché, parece querer fugir... hoje me apercebo de como sou frágil, frágil como a porcelana. e nesses momentos de porcelana sou feia, feia como o é a própria porcelana. não quero ser assim... para ser assim, preferia ser vidro, transparente, ou espelho, reflexo de algo bonito. mas não, sou mais frágil ainda, sou porcelana... sinto-me a viver a vida de outrém, a cumprir as expectativas dos outros, esquecendo claramente as minhas. ou deixando sequer de as ter... quando penso em algo de mau que me possa acontecer, penso no mal que aconteceria a essas pessoas. penso que ficariam desiludidas comigo, que sofreriam. não penso em mim, no meu sofrimento, na minha abdicação. e sei que isto é ridículo, mas tem tanto de hilário como de irracional em mim... não consigo controlá-lo. vivo por vezes obcecada com a necessidade de corresponder, de não desiludir, de cumprir o caminho traçado,

Foi feitiço...

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"Eu gostava de olhar para ti E dizer-te que és uma luz Que me acende a noite, me guia de dia e seduz... Eu gostava de ser como tu Não ter asas e poder voar Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar... Eu não sei o que me aconteceu... Foi feitiço! O que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém Como tu... Eu gostava que olhasses para mim E sentisses que sou o teu mar Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo, só para eu Te abraçar... Eu não sei o que me aconteceu... Foi feitiço! O que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém Como tu... O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro... E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo... Eu... Eu não sei o que me aconteceu... Foi feitiço! O que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém Como tu... Eu... Não sei o que me aconteceu... Foi feitiço! O que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém Como tu... Como tu..." Andre Sardet ...porque é assim que me fazes

ser um só...

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por favor, abraça-me... deixa-me voltar para o meu lar, onde eu pertenço... deixa-me só ficar aí e voar...

sem cor, sem sentido, com amor!

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sobretudo em ti... abraço desejado, esta noite encontrado, debaixo de céu estrelado. há muito procurava um olhar que parecesse amar-me assim, todos os dias. és tu... e agora sem medo de o dizer. já não há mais porque o esconder! seremos eternamente o bem, acabe mal ou acabe bem. foste ao meio da guerra, foste buscar-me, apenas com amor nos bolsos, e trouxeste-me para casa! lavaste-me a cara e fizeste de mim menina cheia de sol! quero-te assim num beijo apertado, todos os dias esperado, sempre de saudades corado! encontrei-me, encontrando-te a ti! canção de mel, cantada ao ouvido, escrita para mim, só para mim... dançada dois a dois, lentamente, voando... sim, escrevo sem pensar, pensando apenas em ti, no sorriso que há em ti, cada vez que olhas p'ra mim!

Mais um arranhão

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mais um sonho rasgado... mais uma noite me invadiu durante o dia. pedem-me para não escrever por instinto, para escrever por ofício! dizem: "escrever é uma profissão, um caminho doloroso! não é devaneio apenas para os dias em que estamos tristes!" é quando a emoção me ataca que mais me apetece escrever! que culpa mora nisso?? roo as unhas ao pensar que odiaram aquilo que leram, escrito por mim! três escritores brilhantes e por mim admirados leram um texto meu... não foi o melhor entre outros dezoito, coisa que não me espanta mas ainda assim me magoa. porque escrever é o melhor que sei fazer... não sei viver sem escrever! e ainda que seja só para mim, vou continuar a respirar palavras como canções, ainda que desafinadas... ainda que sejam só fados, são meus. magoa-me porque ainda sou uma criança à espera de ver os seus sonhos realizados à sua frente, sem esforço, apenas o prazer de escrever. como nos filmes... mas mais uma vez a menina mimada acorda com o som rígido de uma buz

Viagens...

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Sendo apenas mais uma gota na zona do teu olhar, ela hesitava em brilhar. Mas a tristeza não deixava de me incomodar, à medida que falavas. E esses teus olhos lindos estavam humilhados pela preocupação, a tua pele tinha perdido a cor jovem e saudável... parecias uma sombra. Sombra aterrorizada e assustada com as horas a passar, alma exausta e perdida no meio do mar. Mal educada era a noite, que entrava por ti adentro sem vergonha e te escurecia as forças, te apagava a clareza do caminho a seguir. Nos teus olhos não paravam de bailar lágrimas tão molhadas e tão infelizes que me causavam raiva. Não sabia como te ajudar. Nunca soube... Vem ao meu encontro, não tragas bagagens nem lembranças, não tragas o passado contigo... sejamos apenas noite sem passado nem vontade de futuro, esquecidos e sem bilhete de identidade. Não conhecemos ninguém, vivendo apenas um para o outro, agora. Vamos perder-nos de amor, vamos caminhar sem direcção, para lugares onde ninguém nos conheça... vamos vaguear n