Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2006

Imagino, logo vivo...

Imagem
Vivo para ti. Vivo para te escrever, nesta ansiedade de rimar. Em poesia descansa a minha alma, à espera de uma palavra. Sonho apenas escrever, nada mais do que viver assim, no meio de palavras, trocadilhos, expressões que façam do papel um pedaço do meu coração. Sorrisos vêm morrer à minha boca, enquanto observo a multidão, o velhote isolado e a criança irrequieta, sentada num banco de jardim, numa mesa de café, encostada à porta do metro ou simplesmente enquanto percorro uma rua qualquer. Lisboa é lugar favorito para observar, porque a variedade, as dimensões de vida são tão grandes quanto envolventes. Geram-me curiosidade os olhares suspeitos, apaixonam-me os gestos cúmplices e de amor, revoltam-me as situações injustas que acontecem aos outros... assim vivo, saltitando de situação em situação, que se desenrolam mesmo às portas do meu olhar. Quem me dera poder gravar os meus pensamentos - dariam memórias fantásticas, por vezes. Que bom poder rir-me, por vezes até de mim, sem que os

Pões na minha alma sonhos de boneca...

Imagem
como diria Carlos Paião... "põe na alma sonhos de boneca..."! Ora isso fazes tu! Anjo contador de histórias, lençol de flanela cor-de-rosa, cheiro a pó de arroz e refeição quente... de perfume doce flutuas por aí, sem ser vista, mas todos os dias sentida e relembrada saudosamente. Passinhos curtos e rápidos, com pressa para estar presente, para estender a mão. Gulosa na hora da pequena "bucha"... deliciosa na hora da meiguice, na palmadinha ternurenta e no sorriso compreensivo de cada um dos meus problemas. Sussuro que defende nas horas de desespero, colo aberto nas horas de solidão, lágrima quente na hora de chorar... Constróis castelos de areia para os outros... sonhas um dia ter o teu, mas não perdes tempo com isso. Apenas a sonhar... És em mim aquele sorriso de quando a brisa fresca de um dia seco e iluminado de sol me irrompe pela cara, beijando-me. Lembro-me sempre de ti nesses, dias, eram os teus favoritos e são os meus, também. Mas és, ao mesmo tempo, a sens