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A mostrar mensagens de abril, 2013

O desencontro de mim própria.

Conheço cada vez melhor o meu problema de pele. Já lhe chamaram eczema, psoríase, alergias. Eu chamo-lhe auto-sabotagem. Ou alergia a mim própria. Apesar de se tratar de uma condição física, esclarece imenso sobre a forma de funcionamento da minha mente. Uma mente que se sabota a si mesma. Que destrói à partida todas as tentativas de cura. A minha pele funciona de forma semelhante: destrói-se a si mesma, não se reconhecendo enquanto una e parte do mesmo corpo, mas antes como um agente estranho que é necessário eliminar. Desta forma, passa o tempo todo em ferida, a esforçar-se por se renovar, não chegando a uma identidade própria - por esta razão, quase não tenho impressões digitais que se apresentem. Mais uma vez, uma óptima metáfora para a minha psique que, insegura e frágil, não se permite uma afirmação, uma coordenação de esforços no mesmo sentido. Baralhada, constrói pressupostos temporários e apressados, que duram pouco, até caírem sozinhos ou serem facilmente derrubados. De