Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2007

Quando chego a casa... e não estou em casa

Já tentei escrever mil posts, mas há tantas palavras soltas, que se recusam a juntar-se numa frase coerente... ... tantos sentimentos desligados uns dos outros, e que não fazem sentido... Insisto em escrever por terapia, e desisto de tentar articular. A irrequietude faz de mim uma pessoa menos suportável, menos paciente, e por isso mais só. Cada vez calo menos. E fujo mais... não quero ser assim, quero ser mais feliz. Sou egoísta em pedir de mim mesma mais do que as raízes fazem chegar, mas a ideia de me ficar por aqui sufoca-me... Pedia mais compreensão. mais espaço. mais tempo. e mais respeito... Mas tudo isto parece demasiado, pois sou vista ainda como uma criança. E como uma criança acabo por me portar, afastando-me daquilo que é inevitável e meu desde sempre e para sempre. Porque chego a casa... e não me sinto em casa. sinto-me estranha, virtude de uma qualquer circunstância insignificante mas que parece ser catastrófica, razão para mais um grito. E pela primeira vez sinto, que nã

Se eu fosse...

... hora do dia... a hora em que o sol se põe e a noite começa, tímida, a acordar nas estrelas de par em par… astro... lua, nunca podendo ser separada das suas estrelas… direcção... em direcção ao mar… móvel... uma escrivaninha grande e espaçosa, inseparável da sua cadeira branca com pé em forma de estrela líquido... água do mar para lavar a alma, leite fresco para arrebitar, vinho tinto para afogar pecado... todos os que sejam cometidos em nome de um sorriso, do bem-estar, de um pouco de insanidade pedra... a de uma pulseira, retirada do fundo do mar… árvore... muitas. trazem paz… fruta... cereja. ou laranjas dadas à boca, gomo a gomo… flor... papoilas são a recordação de uma infância feliz. gereberas coloridas e margaridas brancas fazem-me sorrir clima... morno. de noite de verão, com uma brisa ligeira. instrumento musical... saxofone é um arrepio elemento... água… cor... azul esverdeado, cor de mar. animal... cães e gatos… uma delícia. som... de um sorriso, de uma gargalhada. chuva

Esta noite...

E de repente... a vida irrompe sem pedir. Ou desaparece sem se ver. Nenhum sopro no coração a pára, nem nenhum batimento a acelera. Esta é uma estrada sem rumo, sem paragens, sem direcções, esta noite. Encontram-se as almas, esta noite. Partilham os seus pecados, confessam os seus lamentos, sem lágrimas, sem nada. Mas com tudo... por fazer, como pedras de uma calçada que nunca ficará pronta. E alma não se queda sem gritar, como uma daquelas quedas que nunca mais acabam de nos impressionar, num contorcido arrepio pelas costas... E adoram-se os silêncios partilhados, porque guardam mais coisas. E não têm medo de morrer outra vez... E uma vela se apaga... dentro de um coração. Mas ninguém repara... pudera. Está lá dentro, e não cá fora, aos olhos dos que virão...

Linhas por escrever... eternamente

Imagem
Não ter de o dizer, basta sentir... eu sei. Mas escrevo-te algumas linhas deste lado, à espera de nunca desistir. Não encontro o fim às páginas que ainda me apetece escrever. Há palavras à espera de serem sacudidas do seu lugar empoeirado, e eu não vou impedi-las de se soltarem: precisas de ouvir. Ou então apenas eu preciso de dizer... Nunca soubeste o que era pagar pelos actos. Viste muitos actos teus por vingar, gestos que não viram a ponta do chicote, apesar de serem condenáveis. A justiça divina nada faz?? E vêm dizer-me que existe e é fatal? Acreditei que a vida se encarregaria de te castigar... porque a nós não nos cabe julgar, castigar, decidir sobre os outros. E carregamos a nossa dor como um fardo que não é nosso, mas no entanto guardamo-lo para nós - ao ponto de quase enlouquecer. E para quê?! "A justiça é cega..." cada vez mais me custa resistir a esta ideia... Mas olha, não escondo nada por ti... escondo pelos outros, que sofreriam tanto ou mais do que eu, se ima

A nova sensação...

e ai de mim se ousasse sonhar... que o mundo é livre de nos escrever, reescrever e perscrever... sem que tenhamos ordem nisso. ai de mim que ousasse sair pralém desta esfera de calor a mais, de ternura que não se pede, de textura que não se afaga, não apaga... o sentimento de solidão.