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A mostrar mensagens de junho, 2010

Apetece só...

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... Estar perdida em sonhos . por andar com dificuldades em descer à terra, nestes dias. apesar das pontas por apanhar e por atar... E os pés, que teimam em rejeitar os sapatos, parecem dizer-me em surdina que é tempo de me descalçar . ainda que os dias exijam saltos, e postura, e tudo e tudo... Apetece apenas elevar o som do rádio, e deixar que a alma se arrebite, enquanto os pés viajam sozinhos. Apetece não reconhecer nenhum outro lar, que não seja aquele abraço . e procurar em desespero aquele sorriso beijado que tanto amo, e que anda apagado. E esquecer os "deveres" e os "teres que", e partir, de mãos dadas , em direcção ao nosso cantinho . onde está tudo ao sol, e à nossa espera. Apetece só ser gato preguiçoso, estendido ao sol... Apetece só escrever , sentada à sombra e ao silêncio, até que os dedos latejem em protesto. Com o vento leve de verão em contra-luz. E fechar os olhos . e ficar assim. a sentir o vento a refrescar-me por dentro ... (porque a alma

O que nos basta para sermos felizes

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Sinto-me cheia de amor. imagino o meu coração como uma melancia doce e madura, vermelho e palpitante. porque me sinto feliz. Ser capaz de olhar à volta e sentir. "estou grata por isto". faz-nos mexer. Ontem foi um dia feliz. cheguei a casa e descalcei os sapatos. queria estar livre. mereci isso. Mereci cada pedaço e sinto-me grata. por ser capaz de reconhecer isso. (levei a famelga a jantar fora) Por sentir uma enorme onda de amor à minha volta. por poder fechar os olhos e confiar - deixar-me ir, como num exercício básico de confiança, na representação, em que nos deixamos cair para que nos apanhem. É isso que sinto. Que aquilo que sou, é o que dou aos outros. E recebo-o de volta num sorriso. Que posso fechar os olhos e deixar-me cair - já consigo adivinhar as mãos nas minhas costas, a abraçar-me! Hoje vou namorar... Gosto de mim, simplesmente porque gosto... =)* (obrigada...)

Grey (not so great) of a day...

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Happy B-Day, granny... Being missed all the time**

Pop. Six. Squish. Aha. Cicero. Lipshits.

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A alma pede jazz... Os relatórios ao lado do computador. Preciso de os elaborar. Tenho uma campainha que não se desliga, dentro da cabeça, a relembrá-lo. Mas as mãos não páram para o escrever. A cabeça foge para outro lado, o coração precisa de outra coisa qualquer. Pesquiso vídeos. O tango de Roxanne, do Moulin Rouge. Por una cabeza. Cell block tango. And all that jazz... Música violenta. Alta. Preciso de cinema. De dança ensurdecedora, imparável, destabilizadora. De palavras, sons arrepiantes. De pensar em histórias de filme, ou não pensar de todo. Já desliguei do estágio. Odeio-me por dizê-lo, mas só neste espaço consigo /posso /me é consentido dizê-lo. A sensação de frustração que um hospital nos traz é imensa. Adorei este ano. Mas já chega...

O sol ainda não me veio espreitar...

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O sol já anda a passear-se pelas ruas. Vaidoso e desavergonhado. Eu ainda vou ficando pelas águas furtadas do edifício, onde o calor é maior. Onde a tensão vai aumentando, à medida que o final se aproxima. As expectativas e as exigências crescem. Dou-me alguns segundos para olhar lá para fora. Vejo o sol de volta das crianças que correm na rua, descomprometidas e felizes. Vejo-o a beijar na face, mulheres bonitas que levam uma mala cheia de tempo livre. E varre os casais que passeiam, as pessoas que trabalham na rua. Mas não me toca a mim. Ainda é cedo para sentir o calor na cara. A não ser no trajecto corrido do trabalho para casa, onde a cabeça vai cheia de preocupações, de "tenho des". Mas ainda assim, retiro-me pela janela do autocarro, e obrigo-me a relaxar, encostada ao sol como se fôssemos dois gatos inseparáveis e preguiçosos. Imagino que já estou no cantinho de praia, ocupada com um fato de banho e uns calções, a beber a bica e a carregar o livro e a toalha... tempo