Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

Brincadeira de crianças

Aqui vai uma brincadeira que me foi enviada pela minha polegar; espero que gostem e que a roubem para os vossos blogs! Sete coisas que faço bem:(não entrando nas poucas-vergonhas) 1. Escrever (a única coisa que realmente acredito saber fazer) 2. Cantar (a minha voz não é grande coisa, mas sabe-me bem) 3. Ajudar, apoiar, ouvir 4. Ser amiga (por vezes um pouco galinha!) 5. Cozinhar (tenho um curso de verão, a cozinhar para 9pessoas!) 6. Rir 7. Sonhar (até demais) Sete coisas que não posso/não sei fazer: 1. Grande parte das coisas que envolvem trabalhos manuais (as mãos tremem, as coisas saem mal... enfim!) 2. Mentir (a voz treme, as palavras falham... nem a brincar!) 3. Fazer cábulas/ Copiar (a única vez que tentei fui apanhada... ridículo!) 4. Falar bem de mim mesma (se soubessem a facilidade com que me lembrei das coisas que não posso nem sei fazer, e a dificuldade com que pensei nas que sei fazer...) 5. Jogar futebol (tenho pés de bailarina) 6. Magoar alguém de propósito 7. Jogar às e

Como se, de novo a primeira vez

Imagem
Segredo sagrado... que tu me recordaste, me ensinaste de novo a viver. Porque acho que o aprendemos quando somos crianças. Mas essa ingenuidade e alegria de viver são espezinhadas com o passar do tempo, reprimidas pela vida social. Pela pressa, pelo tempo que aos poucos começa a correr e não nos deixar parar para desfrutar... Acordar. Tomar o pequeno-almoço. Correr para o baú dos brinquedos. Pegar no mesmo brinquedo de sempre, no favorito, no primeiro de todos os dias. E no entanto... brincar com ele com o mesmo entusiasmo do primeiro dia. Senti-lo nas mãos como se ainda tivesse o plástico em que foi envolvido, e de novo o rasgar todos os dias. Sinto que ainda não consegui descrever como deve ser... não consegui ainda fazer a justa homenagem ao que sinto, este "viver de novo pela primeira vez", todos os dias. Hoje viste-me, talvez pela décima vez (ou mais) com o blusão azul. E como em todas as outras vezes, olhaste-me atentamente, e com um sorriso disseste: Pareces uma motoq

Às costas de uma estrela cadente

A música dos dias vai correndo como uma criança pelos meus ouvidos, enquanto me abstraio a ler um livro de outras vidas, que nada têm a ver com a minha. É uma forma de fugir sem sair do meu lugar. Refugio-me a coleccionar os pensamentos doces que me vão oferecendo, mas sem ânsia de os ver retornar. É chegada a hora de aprender paz. Não há professor para essa cadeira... temos de ser nós a calcorrear e deixar que as lágrimas que caem nos levem até lá... seguir o rasto de uma lágrima não é fácil! Mas é muitas vezes a única forma, o único mapa... É arriscado, querer viver tudo de uma só vez! Viver às costas de uma estrela cadente! Sem ter onde nos segurar, onde apoiar as mãos... Mas é o que resta aos mortais... e eu espero pelo próximo posto de abastecimento, pelo próximo porto para descansar, para poisar os medos (como um saco) no chão e deitar-me no chão frio sem pensar, a sentir as minhas costelas comprimidas contra o chão, a respirar desesperadamente... É assim. That's life... E a

Íntimo como um beijo...

Imagem
*** Penumbra acariciada pela luz de velas e candeeiros doces. Uma noite só para nós, como há muito não se via. A tua voz rasga suavemente a música quase silenciosa de tão boa. Como uma onda de jazz que rebenta na praia... O tom das tuas palavras é tão íntimo que se cola às paredes dos meus ouvidos e me arrepia. As minhas gargalhadas, por ti roubadas sem pedir, desconcertam as conversas nas outras mesas. Não faz mal. Tu ris-te a seguir. A ementa decorada com corações vai acompanhando com prazer o copo de vinho tinto, escolhido a dedo, bebido e saboreado como uma iguaria. A juventude do nosso amor não passa despercebida, mas é também a mais feliz. Uma juventude realizada, sem crises de identidade e sem pressa de crescer. "Um casal sem igual". As caras conhecidas protegem-nos com o olhar, como anjos. Mas também a ternura com que somos tratados pelas caras novas é quase a de uma família. Os lábios apertam-se a saborear cada prato diferente. Cada iguaria, cada pormenor desenhado n

Cartas perdidas

Imagem
"Acho que estou a perder a vontade de falar contigo... acho que isso não é muito bom sinal, pois não? Também sei que se passa por fases, que por vezes as coisas não são bem o que parecem, e a nossa cabeça exagera aquilo que temos à nossa frente. Às vezes perco-me no tempo, de olhar agarrado ao vazio, a pensar em nada como se o mundo estivesse parado. Detesto quando isso me acontece, pois quando acordo apercebo-me de que perdi tempo da minha vida a vasculhar no nada, numa imensidão apática e imunda de sentimentos. Às vezes penso que já não te quero... e isso é triste, porque eu amo-te. Mas eu sei que já não lês as minhas cartas, já não esperas de passo inquieto junto à caixa do correio por meia dúzia de linhas escritas por mim. Já não tremes ao ler palavras como "amo-te" e "fazes-me feliz". Tenho saudades tuas... saudades do teu jeito apaixonado e com necessidade de mim. Ainda assim, continuo a escrever-te, na esperança de que alguma das minhas palavras te façam

Alma inquieta

Imagem
Os dias soltos, sem páginas para os numerar. As horas folheadas sem alegria. Não se sabe porquê.... Um movimento brusco na sua direcção. Encolhe-se. O passado vem colado àquela mão que dela se aproxima de repente. O coração acelera. Fugiu de tudo isso. E sabe-o. Mas não naqueles segundos demorados... só momentos depois se apercebe da tolice anunciada no seu gesto de medo. A vergonha chega, depois. Era só uma brincadeira. Não há razões para ter medo. Não mais... Vá lá... não faças isso, senão alguém pode perceber... podes tornar visíveis essas marcas no teu corpo, há muito invisíveis, mas que em tempos te castigaram cada palavra, e deixaram a tua alma pequenina e afundada em lágrimas. Não penses nisso, dizem. É fácil não ter passado por isso e achar que não merece que se perca tempo a pensar em coisas que já foram. Mas o piscar dos seus olhos a cada aproximar de uma mão ainda lhe denuncia o medo. A alma inquieta... Sentes-te pequenina, hoje. Mas amanhã já passa...

O bom sorriso tolo...

Imagem
Pela única vontade que nos une corpo e alma: a de ser feliz. A de uma liberdade sonhada, a de alguém que não espera nunca amarrar-se a nada e a ninguém. E de repente se vê amarrado como nunca, por um fio único e forte que não se destrói, e pela primeira vez na vida não se quer destruir. Cheio de amor e esperança, o dia. Paz, como sempre se quis. E liberdade. Mas uma liberdade que não o é sempre... e no entanto isso não importa. Aprender a nunca deixar que ninguém nos amachuque as asas com a sua maldade... mas aprender também a remendar as asas de outrém, ou não sair todos os dias para voar. E isso não nos deixar tristes... A paixão é uma coisa louca... que nos revolta e remexe por dentro sem perdão, que nos abana e deixa só de sorriso tolo no rosto. Sempre. Como um pedaço de nós. E o amor é o cadeirão velho e macio que se adaptou ao nosso corpo, são as meias velhas dele, que nos dão mais conforto embora sejam enormes, é o calorzinho do sol na cara e o toque macio do dia a dia. Porque c