Ainda acredito...
Deixo-me dominar pela sensação de que uma cara maquilhada, um cabelo loiro bem tratado, embora artificiais, são imagens bonitas. Saio à noite e vejo jovens com mais promessas do que roupas vestidas. Muitas se abastam de confiança (numas mais transpirada do que noutras) e atiram sorrisos à noite povoada dos mais variados intentos. Vestem-se de moda, muitas vezes mais do que vestem o que faz sentido nelas. Cheias de si, penso eu. E que bom que isso deve ser. Múltiplas cabeças se viram perante pernas despidas e cabelos claros. Em especial os esticados. Mal imaginam os homens a chatice que dá; o quanto estraga o cabelo! Mas continuo a perder mais tempo a admirar uma cara lavada. Uma pele bronzeada do surf, um sorriso bonito e um cabelo natural. Uma covinha na face, uma mão de dedos longos, de unhas limpas. E a confiança natural de quem gosta de si. Sem capas. Sem artifícios. Sem meias verdades. Há apenas verdade, num rosto que já acorda bonito. Numa pele que já acorda nela própria, que