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A mostrar mensagens de maio, 2012

Ainda acredito...

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Deixo-me dominar pela sensação de que uma cara maquilhada, um cabelo loiro bem tratado, embora artificiais, são imagens bonitas. Saio à noite e vejo jovens com mais promessas do que roupas vestidas. Muitas se abastam de confiança (numas mais transpirada do que noutras) e atiram sorrisos à noite povoada dos mais variados intentos. Vestem-se de moda, muitas vezes mais do que vestem o que faz sentido nelas. Cheias de si, penso eu. E que bom que isso deve ser. Múltiplas cabeças se viram perante pernas despidas e cabelos claros. Em especial os esticados. Mal imaginam os homens a chatice que dá; o quanto estraga o cabelo! Mas continuo a perder mais tempo a admirar uma cara lavada. Uma pele bronzeada do surf, um sorriso bonito e um cabelo natural. Uma covinha na face, uma mão de dedos longos, de unhas limpas. E a confiança natural de quem gosta de si. Sem capas. Sem artifícios. Sem meias verdades. Há apenas verdade, num rosto que já acorda bonito. Numa pele que já acorda nela própria, que

Só agora...

Só agora consegui sentar-me aqui, a olhar para dentro. Até aqui o ritmo da casa não o permitiu. Nem as pessoas à minha volta. A preocupação com quem não se está a sentir bem. Nem os telemóveis ou semelhantes formas de comunicação... Tudo isto porque não tenho um espaço para mim. Uma casa, um quarto (pelo menos não verdadeiramente, embora o tenha literalmente), um recanto. E também porque não sei impôr barreiras. Deixo que sejam invasivos, que ultrapassem os seus limites e se acomodem confortavelmente em cima dos meus. Continuo a sonhar com esse cantinho, que nem na minha cabeça consigo desenhar. E depois atinge-me. Porque é que nunca estás contente com nada? Passo mais tempo a pensar nas coisas tristes. Tenho mais ataques de mau humor do que bom humor. Agora que encontro espaço nos silêncios que invadiram a casa, e a minha cabeça... dou ironicamente por mim a não conseguir pensar! À medida que os barulhos corriam e me atropelavam, dia fora, eu só pensava em trancar-me a escrever.

Acontece que te amo

De quando em quando, dou por mim a ser uma besta! Hoje apercebi-me de mais um desses meus actos, quando olhei para os teus olhos verdes maravilhosos raiados de vermelho, e percebi que tinha sido eu a causa da tristeza que saltava da tua alma e te repicava o rosto. Era a mim que se devia a dor no teu olhar. E quando teimei em dizer que te amava tal e qual tu és, desviaste o olhar, como se não acreditasses em mim. Nessa altura percebi o animal que sou, ou que consigo ser. Porque ando tão preocupada em te espicaçar para seres mais feliz, para fazeres coisas novas, para não te acomodares, para lutares por ti, que fiz com que tu começasses a sentir que quero mudar-te, que quero transformar-te em algo que tu não és. E que não te amo pelo que tu és na verdade. Mas eu amo-te, tal como tu és, tal como te conheço... posso provar-to? O M. que eu conheço é preguiçoso, é noctívago, gosta de perder tempos infinitos com jogos e tem a mania das rotinas. Passo a vida a refilar contigo por causa d