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A mostrar mensagens de novembro, 2005

Abraço das estrelas

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Abre-me as asas... agarra nas suas pontas e estica-as, como a um lençol branco que retém o ar em forma de balão... sente o vento a demorar-se nelas, a fazê-las dançar. Vê-te reflectido na minha alma, vê a minha sombra desaparecer como a noite se esfuma com o raiar do dia. Ouve a canção que os meus suspiros entoam em sinal de prazer, só de saber que amanhã o sol volta a nascer e a pôr-se em mim! Vê-me crescer ao alcance do teu olhar, agora que a metamorfose dos sonhos passou por mim. Ouve o dia a debruçar-se sobre mim, a abrir-me o céu para as loucuras do meu coração! E se esta noite formos céu, lua, infinito? E se conversarmos até que raios de luz venham interpor-se nas esferas dos nossos bafos? O quanto eu tenho crescido e aprendido contigo... Sonha... pega num pó de estrela e lança-o no ar, fazendo comichão nos narizes, fazendo sorrir! Vamos passar borracha nas lágrimas, ou então usá-las para regar... Dá-me a mão. Sim, agora somos nuvens, com tempo para descobrir caminhos. O vento ve

O mundo todo de novo...

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Não sei se haverá amanhã capaz de me fazer levantar. Não sei se as nuvens que marcham vêm mesmo para ficar. Porque o dia é uma noite Dura e fria de se caminhar Quando o caminho que queremos São dois, e temos de optar... Sei que aqui chegaste em demasiado calor envolvido com medo, mas sorrindo tornando o dia mais teu como a lua que se senta no céu e o sol que se deita no mar. Encontraste o teu lugar No coração onde vens morar E sem vergonha gritas: Ficas bem no mundo, ficas! Há beleza na forma como olhas o mundo, como se fosse novo. Tocas com ingenuidade nas folhas E nos picos que te farão sangrar de novo... Mas é de novo a primeira vez Em tudo o que vês Tudo é mais puro ao pé de ti E não há forma de fugir, assim Ao encanto que me lançaste À paixão que declaraste E da qual tento fugir Sem nunca conseguir...

A Bela Monstra

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Vou partir... para um lugar longe de mim. Algures num cantinho longínquo deste mundo, há um chão que me aguarda a caminhada. Não vou contar-te onde fica, nem como chegar lá. A última coisa que vou querer é que me procurem, menos ainda que me encontrem... Quando desaparecer, já sabes que estou feliz. Longe de luz lunar que me ilumine, deitada no leito da Cassiopeia, a observar a família de amores da minha vida, que são todos vós a quem amo tanto! Num porto de abrigo longe da vida que aqui levo... Num horizonte que já fez alguns apaixonados sonharem... Num pedaço de céu que muitos atravessaram, somente com o olhar... Num intervalo entre duas estrelas... É onde eu vou ficar. Vou esperar... e quando já todos se tiverem distraído da minha loucura, vou fugir. Quando o som do pôr-do-sol entretiver todos os olhares, vou bater as minhas asas e rumar ao horizonte, onde me espera a liberdade. Enfim... Quando não estiveres a olhar-me, e quando houveres baixado a guarda... vou fugir-te. O meu coraç