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A mostrar mensagens de julho, 2007

Vou de viagem...

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Venho para te dizer que vou de viagem. Vou passear por esses cantos da costa alentejana onde nos apaixonámos. Percorrendo esses pedaços de terra junto ao mar, vou bronzear as pernas e vou andar até me cansar, junto à beira-mar. Já sei que no primeiro dia vou apanhar um escaldão nas bochechas e no nariz, e que se vão rir de mim... não faz mal! Vão doer as costas nas noites do campismo - sou teimosa demais para comprar um colchão como os vossos, porque acho que a Natureza tem de ser vivida em pleno - com picadas de melga e dores de costas e almofadas de improviso e tudo. De manhã, quando ainda quiser enroscar-me à frescura de uma clareira, já o sol vai estar alto e não vou conseguir respirar dentro da tenda. Vou ter de sair à força, trôpega de sono, tomar um pequeno-almoço improvisado do carro e acordar alguém para ir para a praia. Noites longas, a jogar às cartas, a rir alto, a beber um Mojito ou dois no Chili Bar. Ou a ser aldrabada no STOP ou no Scrabble. Não importa. Vocês arranjam s

Não posso prometer-te o sempre...

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Às vezes queria deixar-me arrebatar pela onda de infinito... queria esquecer que pode acabar, e viver nessa ilusão de sempre e tudo. É por isso que de vez em quando me chamas à realidade, de abanão sufocante mas apenas com a força necessária para me acordar, e me dizes "não sei se vai ser assim". Nesses momentos choro, desespero. Acordas-me de um sonho para o qual tento forçar-me a voltar, logo a seguir. Mas percebo que me passou o sono... Numa conversa dura, dizemos tudo o que se acumulou. Choramos à vez ou ao mesmo tempo, magoamo-nos. Nunca chegamos ao ponto dos insultos - nunca foi necessário nem natural entre nós. A verdade crua dos pensamentos chega para nos ferir. Tu queres ser livre, eu quero estar colada a ti. E assim ficamos longos momentos, a pensar para nós que aquilo não vai dar certo, que se contam os minutos para que um dos dos baixe os braços e desista. É então que nos olhamos nos olhos. E não sei se sentes como eu, mas acho que sim, quando vejo uma beleza

Noiva cadáver...

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inclinou-se como uma velhinha. e deixou o vento passar entre eles... ... o que é que se podia dizer, num momento como este? quando temos o coração de alguém nas mãos, qualquer palavra parece minúscula, insignificante. as rugas abespinhavam-se na sua testa, reflectindo a confusão. e as mãos suavam (todo o corpo, aliás), arriscando deixar cair o coração. isso não podia acontecer... a roupa colada ao corpo, o sorriso forçado, sentindo o tempo a passar. segundos demais entre a pergunta e uma resposta que devia ser óbvia e imediata. e no entanto tão distante de ser aquela que ela queria dar... a boca dobrava-se, os lábios mordiam-se, tentando arrancar algo de inteligente para dizer. mas só lhe ocorria fugir dali para fora... e o entusiasmo do outro lado do espelho, não lhe poder corresponder... que dor, que aperto no estômago! o sorriso interminável e expectante de alguém que sabe o que vai ouvir, que é o mesmo que quer ouvir... mas que é diferente do que quer ser dito... ele grande, muito

Deixa-me... oração de uma (des)crente

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Porque não sou crente numa entidade divina da mesma forma que a maioria das pessoas - acredito à minha maneira. Acredito em algo mais, e respeito-o. Mas mais que isso, acredito no amor, na justiça, na liberdade e nos sonhos - porque estes comandam a minha vida! Partilho, por isso, esta oração convosco - uma oração pessoal de uma descrente de Deus, mas crente no amor... Deixa voar estes sonhos que levo na palma da mão... deixa-os tomar asas e viver, deixa que sejam meus! E se quiseres bebe um pouco deles, para que o universo se abra também para ti, num abraço! Deixa que a noite me invada e faça de mim sombra feliz! Sombra a dançar nos entremeios das estrelas, onde a luz bate mais fraca... e deixa-me pousar o olhar nelas, para nunca me perder... Deixa vir a madrugada, para que eu seja amante derretida nuns braços amados. Deixa-nos chegar à exaustão dos corpos, e depois, de alma cheia, abandoná-los para sonhar, entregues a um amor que, embora não acreditemos em promessas, nessa noite quer

Páginas de um sorriso...

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Entendem que eu adoro esta sombra? Entendem que é parte de mim? Que é amor, que é um sorriso que se abre, enquanto olho para estas fotografias! Era um fim-de-semana que pedia apenas paz, descanso. E alguns sorrisos, como um copo de vinho a mais que nos fizesse esquecer os problemas do ano inteiro. Um gostinho breve de Verão, do nosso Verão... O sol foi nosso companheiro por esses dias, e a paz reinava ao nosso redor. Que mais poderia pedir-se? Fui, como sempre, de máquina às costas - adoro captar sorrisos, momentos, imagens que me marcam - procuro apanhá-las com a minha rede invisível, e guardá-las para que signifiquem algo de especial. Mais um pedacinho de mim... E adoro partilhá-las. Foi numa dessas tardes tranquilas que olhei para ti, tranquilamente a rir, a correr na areia, a olhar o mar - e tive um desses impulsos tão fortes, um desejo enorme de captar aquela imagem que tinha aos meus olhos! Porque estavas tão bonito, tão feliz e tranquilo - decidi que iria captar-te esse sorriso