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A mostrar mensagens de junho, 2005

Os Humanos...

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Simplesmente fantástico! Sem dúvida, o melhor concerto a que jamais assisti! E devo adiantar que o meu lugar nem era dos melhores... encontrava-me na primeira plateia, já na fila I. Mas assisti como se estivesse em cima do palco a viver aquele espírito em directo com a (louca) Manuela Azevedo, o (fantástico) David Fonseca e o (imponente) Camané, sem esquecer também os quatro fantásticos músicos que os acompanham! Perdi-me nas suas vozes, cada uma mais bela que outra, nos jogos de luzes, nas imagens complementares que rodavam em telas sobre o fundo do palco... e a música! A magia daquela simbiose de ritmos, tão fortes que tocavam directamente o coração! As letras (obrigada Senhor António Variações) causam turbilhões de emoções... posso adiantar-vos honestamente que tão depressa estava a rir à gargalhada, a cantar e a balançar-me ritmadamente na cadeira, como estava a chorar "baba e ranho", a abanar-me lentamente... O meu muito obrigada a este conjunto fantástico de artistas q

Ele pede... amem-se

Podia dizer tanto ao mundo... porque há tanto que ninguém sabe... só tu e eu. Descobri o porquê do céu não ter limites... descobri o porquê de ser azul. Descobri porque é que o mar tem em mim um efeito de calma, harmonia e transcendência. Quando olhamos o céu, percebemos que o seu azul não acaba ali... estende-se ao infinito de um universo que tanto admiramos, pelo facto de não o conhecermos. E ele é infinitamente belo para permitir aos amantes como tu e eu subir cada vez mais alto nos seus sonhos, e nunca parar de sonhar. Ele existe assim... sem limites, para nos inspirar a amar para sempre, sem limites, tal como ele... Ele é azul para que as pessoas como tu possam sobressair como estrelas, de cada vez que brilham... como uma pérola no meio do oceano! Ele é azul para que as pessoas como eu não te confundam com um ser normal e se apercebam do milagre de vida que tu és! O mar tem uma capacidade de me harmonizar... Porque ele não é mais do que as lágrimas que tu choraste durante anos, de

Stella...

És fruto de um amor tolo... jovens apaixonados, querem consumar verdades no corpo como as sentem na alma. E para isso não pensam... Mas não nasceste nua, pelo menos de sentimentos. Nasceste vaidosa por saber amar. Cresceste espalhando como semente no vento a vontade de perdoar... Acabavas com o silêncio mexendo os lábios sem que deles saísse qualquer som... Trocaste a revolta tocada nesses olhos negros por rebeldia em amar a tudo e a todos. Rebelde em seres tu, teimosa em seres apaixonantemente diferente. Deliciosa nos sorrisos que dedicas, maravilhosa a forma como a natureza te agraciou com traços marcados de pura mulher, em pura doçura de agradar aos homens... mas não pediste a ninguém que te roubasse o coração, pois houve sempre alguém que o teve. A liberdade. O amor que havia reservado em ti para o partilhares com teu homem ideal, nunca o guardaste. Soltaste-o sempre nas ondas do mar, revelaste-o em cada gargalhada, amaste-o em cada mão estendida para ajudares alguém. Despiste tua

Foi tal e qual como pensei...

Sim, os Santos revelaram-se, de facto, uma noite fantástica! A alegria é contagiante! Posso dizer-vos que quando lá cheguei (por volta das seis) o dia ainda brilhava, e os pequenos pátios de Alfama albergavam ainda e apenas os atarefados organizadores da festa popular. Tão engraçado, observá-los... pareciam formiguinhas trabalhadoras, a transportar caixotes, "bidons" com bebidas e gelo... e uma meia dúzia de visitantes "madrugadores" observavam este verdadeiro ritual com curiosidade e um sorriso no canto da boca. Em alguns cantos já se cheiravam os couratos e as farturas, mas reinava sobretudo o cheiro das grelhas a aquecerem! Inesquecível, o murmurinho dos preparativos, os cheiros misturados no ar a fazer adivinhar a noite agitada, a azáfama, o cantarolar baixinho das pequenas multidões, alguns rádios a aquecerem já o ar... E quando a noite de facto chegou, deixámos de poder ver o chão! Posso dizer que caminhei (literalmente) sobre muitos pés... porque simplesment

Os Santos...

Pois é, hoje é noite de "rambóia"! Amanhã é dia de Santo "Antóino" em Lisboa, e como boa alfacinha que sou, convenci os meus amigos a irem-me pagar uma sardinhada e uma sangriazita aos pátios populares de Alfama! Já não me lembro da sensação que foi (a última vez que lá fui foi há uns dois anos, e sabem que na minha idade as memórias desaparecem assim do nada!), mas posso dizer-vos assim: a alegria é contagiante! Quem nunca lá foi tem a ideia de que são só bairristas a cantar músicas foleiras, de bucho cheio depois de uma sardinhada, com uma "pinga" considerável às dez da noite. Do que me lembro, posso adiantar-vos: os novatos na noite de Alfama é que acabam a noite encostados às paredes, ou sentados nos degraus, com o "bandulho" cheio e uns copos a mais! A noite de Santo António tem alma, e é para ser vivida com alegria! São festas tradicionalmente populares - a única festa que era permitida ao povo no tempo de Salazar, se não estou em erro - e

A outra face da lua...

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Sou universo e sou palavras... aqui vão encontrar-me, em cada frase, como um bebé recém-chegado, que augura um novo dia! E ao longe, na linha ténue do horizonte, se o sol brilha sobre o mar, e a areia ganha de novo cor, ficam a saber que a minha alma renasceu... Em todos os sentidos, a Natureza é perfeita! Criou lugar para todos nós para assistirmos, em primeira fila, ao espectáculo da vida! Vivemos entrelaçados em muitos ciclos da vida, e são eles que dão espaço a todos nós, uns de cada vez, outros ao mesmo tempo! A morte não é, assim, um mito, mas faz parte do ciclo da vida! É como a memória e o esquecimento: se não nos esquecêssemos de algumas coisas, não poderíamos aprender e guardar outras mais tarde! Para mim, é essa a essência de viver, e é esse o sentido que eu quero dar à minha vida! Dou-vos a conhecer, companheiros veraneantes, o meu paraíso. É a mais bela praia do mundo, onde eu me encontrei! Segredo é o lugar onde fica, pois é o meu pequeno devaneio! Deixo-vos a fotografia