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A mostrar mensagens de dezembro, 2009

Ironia

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Ironia. Um dia tenebroso como este do lado de fora da janela. A casa fartou-se de pingar por dentro, anda-se de baldes e alguidares e panos encharcados por todo o lado. As janelas batem, o cão não quer ir para a rua nem por nada, não se vê nada para além dos vidros chorados violentamente pelo vento. Um dia que devia ser dado como feriado para as pessoas não terem de sair de casa... Enfim, o que tecnicamente se devia chamar "dia de ronha, sofá e mantas". E eu a ouvir coisas como Unchained Melody (Righteous Brothers), When a man loves a woman (Percy Sledge), Say a little prayer (Aretha Franklin), várias de Nina Simone... mas mais que isso, a grande ironia... What a wonderful world (Louis Armstrong)!!! Ora olhem lá para fora e repitam lá isso...

Aluga-se cantinho onde poder chorar

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Hoje, um dia de bochechas húmidas, céus cinzentos ou muito negros, pouca luz no coração. Dirijo o candeeiro da secretária que mais parece um holofote directamente para a minha cara, a ver se acordo, se me trago um pouco mais de vida cá para dentro. Que os pássaros andam às voltas no céu, compreendem a minha confusão. Para onde foi o sol, que trazia esperança aos planos, apesar da frescura do Inverno nas bochechas? Para onde foi a esperança, na verdade, que é ela que se esconde atrás das nuvens? O descontrolo regressa, nas lágrimas que não querem por meio nenhum passar silenciosas. Ainda assim esforço-me para que as suas vozes não sejam ouvidas. Mas preciso tanto de chorar... Não há privacidade nesta casa sem portas, onde se entra e manda e desmanda e arruma o que é dos outros sem pedir. Inclusivé os sentimentos e as vontades e os valores. Arruma-se segundo os códigos de outro, e não do dono. Por isso nem para as lágrimas há espaço, não vão elas ser arrumadas na gaveta nº 2 dos Sentime

A minha praia

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Nestes dias, a minha praia é o jazz no mp3. E a bica curta às 9h da manhã no café da esquina em Picoas. E o terceiro volume do romance dos vampiros que todos lêem, nestes dias. E o mel do colinho do companheiro. Ando enterrada em artigos, escalas e folhas de cadernos de notas, para conseguir fabricar um Projecto de Investigação suficientemente atraente para os Senhores Professores. Quando assim não é, é porque estou no estágio de volta de mães aflitas. As restantes migalhas espalham-se entre a família faminta de mim, o companheiro/abrigo/colinho, e os lençóis, que tanto me consolam. Não há tempo para escrever aqui. Mas há tantas saudades...*

In Nickelback's words...

Time is going by, so much faster than I...

Nota:

A semana só começou hoje para mim. E termina amanhã, cerca das 16h. Mas mesmo assim, sinto-me perfeitamente exausta.