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A mostrar mensagens de novembro, 2009

24 com sabor a chocolate...

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... e a nova não foi em ponto real, mas antes de chocolate! Obrigada companheiro, uma vez mais. Nunca deixas de me surpreender... Não consigo descrever o sorriso rasgado que foi a minha cara quando vi o meu bolo. É um pedaço de sonho que aqui vai, e que saboreei com lágrimas nos olhos. Uns anos mais doces, graças a ti, minha Van...

"Vais-me matar, eu sei..."

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Vou a caminhar pelas ruas lisboetas. O frio arrebita as bochechas, e faz andar mais rápido. Encontro uma colega. Quer conversar um bocadinho e então caminhamos juntas. Quer contar-me as últimas novas sobre o seu amor, que tem dias que é desamor, e noutros nem uma coisa nem outra. Eu vou-a ouvindo como sempre, sentindo-me sempre sintonizada com esta pessoa que, apenas partilhando a minha vida há escassos anos, me faz sempre sentir em casa, desmaquilhando qualquer desconforto com o seu sorriso rasgado. E de repente ela sai-se com uma frase que me desarma: "Sim, já sei, vais-me matar!!". Fico a olhar para ela surpreendida, porque tal nem me passaria pela cabeça: adoro ouvi-la, e naquele momento só pensava como ela devia estar magoada com a situação. Mas ao contrário de me ofender ou de me ser indiferente, esta frase acordou-me. E voltaria a acontecer nesse mesmo dia, mais tarde, quando em conversa com uma outra colega, esta me diz logo que me vê, "Pronto, e agora é a parte

tardes assim não vale.

Dia de mantinha dos corações nas pernas, junto ao candeeiro de escritório porque é mais forte, e os dedos vão teclando, preguiçosos, à procura das palavras certas. Olhando lá para fora ninguém diria que é dia de trabalhar. Devia até ser proibido trabalhar num dia assim, tão chuvoso, tão frio e cheio de vento, que entra por todo o lado... Mas lá tem que ser, e assim se fica meia encolhida na cadeira com pés em estrela, rodeada de papéis, a olhar para todos os lados rezando para que apareça uma razão imperetrível para correr para o sofá e me enroscar a ver filmes toda a tarde...

Fim.de.semana

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Hoje está mais um dia londrino. A semana foi extenuante, com algumas noites mal dormidas e inícios de dia muito atribulados. Mas de resto, que importa? Hoje é fim de semana. É dia de ver o "special one" a jogar basket, é dia de almoçar com a família, de poder enroscar os pés em mantas o dia todo, e de um cafezinho sem se estar a adormecer em cima da mesa. Dia de lanchinhos. Hoje há tempo para mais beijos, abraços menos apressados, conversas mais descontraídas. Hoje o tempo não passa a voar enquanto passamos em revista as inúmeras tarefas realizadas por confronto com as que faltam realizar. Porque não estar feliz, ainda que sejam apenas dois dias, que estes existam e nos façam sentir gratos? Não tenho dúvidas que, quem decidiu que deviam ser cinco dias de trabalho e apenas dois de descanso, em vez do contrário, o fez para lhe darmos valor. De outra forma, a natureza humana ia mexer-se dentro de nós, queixar-se que mesmo assim era pouco.

matriosca. sou.

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É tudo o que sou, e tudo o que me sinto hoje. Uma boneca Matriosca. Peço que se dispam de vós próprios e parem um pouco para me seguir, hoje. Sou uma boneca matriosca. Comecei por ser a mais pequenina. Sou, afinal, um conjunto de caixinhas coleccionadas, começando pela mais modesta e terminando na maior de todas. Menina pequenina que um dia passou a caber numa outra, ligeiramente maior do que a primeira. Mas ainda assim pequenina... Vão-se coleccionando pormenores, emoções, pequenas experiências. E dor, também. Que diz que é isso que faz crescer. E portanto depois sou uma bonequinha duas vezes maior do que a primeira. Mas dentro de mim cabem as outras duas. Porque são também elas, aquilo que eu sou. Parte de mim, inseparável e inqualificável. Sou eu, mas... um pouco mais pequena. Confuso, isto? Bom, basicamente o importante a entender sobre mim é que comecei pequenina, e fui crescendo devagarinho. Depois consegui caber numa menina igual a mim, mas ligeiramente maior. Levei comigo a me

Procurar onde. quando encontrar.*

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Procuro só o que me permite ser eu. Procuro, de entre todos os brinquedos do baú, aquele que me faz sentir eu mesma. Aquele que me relembra de quem eu queria ser... o favorito, o eleito. De todas as emoções que já vivi, já experienciei, hoje coloco a mão no saco para retirar apenas aquelas que me fazem sentir bem comigo. Que me fazem pensar "é assim que eu sou, é assim que deve ser." Que nos recordam como é bom viver. Que nos abanam e fazem rir. Ou que nos fazem tremer e chorar, mas com a intensidade de um sonho. Conhecer de cor o palmilhar de nós próprios. A sensação é a do vento na pele morna do sol, e o tecido da saia a esvoaçar, roçando-se timidamente e brincando no ar. E as pontinhas do cabelo que picam e fazem cócegas nos sítios certos. E como saber que escolhemos bem? Quando à nossa volta se abraçam só sorrisos... É a cor do vento. Os cheiros que vêm nos raios de sol. E a música da roupa que esvoaça dentro e fora dos limites do nosso corpo. É a cinestesia dos sonhos..

Máscaras...*

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Por estes dias nem há meio termo. Passo das botas de salto alto, a ganga formal e o sobretudo feminino, despindo ao mesmo tempo maquilhagem, ganchos e anéis, para o pijama cor-de-rosa com bolinhas de sabão, as meias de algodão, as pantufas fofas e os cremes para as mãos. Numa completa espiral de mudança, a técnica de saúde passa par a dona de casa domingueira; a senhora séria e profissional desaparece e fica a menina cansada; a estagiária que "já podia ser mãe" volta ao estado de jovem adulta de sonhos infinitos. São máscaras que temos de usar, a bem da nossa própria protecção. E são lençóis que caem ao fim do dia, impossível que é de os carregar durante mais tempo do que o estritamente necessário. De dia um ombro confiável, de noite uma criança exausta. Sociedade, sociedade... ao que obrigas!

Mergulha, rapariga...

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De vez em quando há que lavar a cara. Desta vez de tudo. Das cores escuras, do peso das palavras a mais, até dos títulos e endereços que recordam o passado. Precisamos muito de remexer em tudo, de fazer "limpezas" de vez em quando. Faz falta. Porque todos os dias começamos uma vida nova, o início do resto das nossas vidas. Há que saber esperar cada dia novo com renovada esperança e espírito positivo. Assim faço. Mergulhando em mim. Um brinde às mudanças, caros leitores. Quando foi a última vez em que fizeste uma mudança radical?