Mensagens

Outro tipo de amor...

Imagem
Uma das coisas maravilhosas na leitura é a capacidade que ela tem de, continuamente, nos deslumbrar através de uma frase, uma expressão. "Ligados por um fio de luz que, mesmo quando distantes, os mantinha unidos. E qualquer um que entrasse na sala sentiria a ligação deles, mesmo estando separados." adaptado de Katherine Vaz em Mariana Esta frase caracteriza aquilo que eu imagino de mais puro no amor. Um sonho que me governa: que o verdadeiro amor é um fio de luz entre duas pessoas, que as une em todos os momentos. Essa luz, quase palpável, é observável pelos outros enquanto é, ao mesmo tempo, invisível. Como um sol só nosso , cujos raios chegam a abençoar as faces dos outros com um toque suave, em contemplação. Esta frase trata, para mim, a constatação de que o amor é algo bem maior do que nós, e que ao existir, continua depois de nós. Fica cá para contar a nossa história. Mesmo depois de partirmos. Nestes tempos de amores e desamores tornados vulgares, superficiais e fict...

Por aqui...

... ouvem-se oldies , para aquecer a alma do vento gelado e inquietante que se faz sentir na zona oeste. Selecção de jazz e soul, ele é Marvin Gaye, James Brown, Nina Simone, Aretha Franklin, Billie Holiday... e depois remata-se com um dos meus favoritos, o delicioso cd " Ella and Louis "! Um banho de boas energias para proteger a alma de tempestades e maus humores. E agora, ir abanar o pezinho e aproveitar a juventude. Enquanto só os pés de galinha denunciam a fase desgastada da alma...*

Espreito sim, mas não é por mal!

Imagem
Sempre gostei muito de espreitar casas. Não por coscuvilhice, como diz frequentemente o M.! Sempre adorei ver o que as pessoas escolhem, a forma como organizam, decoram, mostram ou procuram esconder a sua alma. Porque acredito imenso no reflexo que a nossa própria casa (as escolhas que para ela fazemos) é de nós. Às vezes, quando vou de transportes a passar numa zona residencial, entretenho-me a espreitar para o interior das janelas. A observar pormenores ténues como os candeeiros, as cortinas e as cores. São sabores das pessoas, que é delicioso ver. A partir delas cozinho histórias, imagino quem vive lá, como são. Teço histórias para as suas vidas, a partir do seu tapete ou cozinha! Sonho muito como vai ser a minha casinha um dia. Penso muito na escolha de móveis, nas cores e no estilo. Porque adoro o estilo clean de praia, com móveis branquinhos e peças em ferro forjado, por exemplo, mas também sou louca por cores quentes e combinações místicas, com um toque de canela nos móveis, ...

Levar água aos elefantes...

Imagem
Ontem à noite decidi mimar-me! Fiz uma coisa que há muito não calhava em jeito: ir ao cinema sozinha. E posso dizer-vos, foi algo que me recordou de como nas pequenas coisas da vida se encerram os maiores prazeres. O filme escolhido foi o "Water for Elephants". Escolha melhor era impossível! Um romance apetitoso, de fotografia fantástica, com interpretações deliciosas e uma história... ternurenta! Sim, foi como saborear o prato favorito! Bem sei que muitos poderão achar que o filme retrata mais um clichet, mais um romance de cordel... a mim encheu-me as medidas!!! Saí de lá de alma quente. Preenchida. Aconselho o filme a todos os românticos que por aqui se passeiem. Mas deste texto pretende-se que extraiam uma lição ainda mais importante: curtam-se. Façam pequenas coisas que vos dão prazer. Aproveitem. São pequenos momentos como estes (pequenos gestos!) que nos revelam o verdadeiro sabor da vida...

Fazer o que está certo...

... parecendo que não, às vezes cansa.

E o pontapé no rabo que não vem!

O trabalho nunca mais chega. Bato às portas todas, levo comigo o sorriso de quem nunca ouviu um "não", mas que batalhará para ouvir um "sim". A portas não chegam a abrir ou assim. Raramente oiço o "não" que me permitirá, ao menos, sossegar a cabeça e riscar esta da lista. Deixo o cartãozinho e sigo em frente, com a atitude de quem acredita que na próxima campainha é que aguarda o "sim". Sempre acreditei um pouco na sorte. Para quem trabalhe arduamente, claro está, que para os outros não há folgas. Sempre tive, nos momentos cruciais, um empurrãozinho, uma pessoa, um golpe especial de sorte que ajudou a garantir, juntamente com o meu suor, o lugar na final. Talvez seja por isso que neste momento me custe tanto não sentir esse pé no rabo, que ao menos me empurre para a frente! Gostava de poder estar a começar a pensar na minha casinha. Gostava de poder viajar mais. Queria poder fazer planos com o M. para o futuro, porque o meu coração já se vai incl...

Quero aprender a andar...

Imagem
Ando às arrecuas... Porque é que não gosto de estar sozinha? Porque é que a minha companhia não me é suficiente? Amo-te. Demorei tanto para chegar aqui... e a nossa viagem, nem sempre acompanhada de sol, mas linda, tem valido a pena. Porque é que não consigo agarrar-me a isso? Porque é que tenho de passar a vida a lamuriar-me em relação às coisas que correm mal? Em vez de me congratular mais pelas coisas boas que me acontecem? Não saboreio os beijos que me dás, para me queixar dos que podias ter dado! Não consigo ver, como os teus olhos me dizem, que sou bonita. Concentro-me nesses defeitos, que como tu dizes, fazem de mim quem sou. E não os vejo dessa forma, mas apenas como mais uma razão para me diminuir e encolher... Sinto-me constantemente intimidada por outras mulheres, e não sei porquê... mas a minha alma fica pequenina, pequenina... e perco-me em medos e tremuras, e só desejo desaparecer. Sou insignificante, ali. Pareço estar a ver a minha vida a correr, de fora, como espectado...