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Porque os nossos dias deviam ser cheios de pequenos P.S.'s!!

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** P.S.: Sabes como é que eu sei que te amo? Por causa da forma como me sinto quando estou ao pé de ti. Pela pessoa que sou contigo! Fazes-me sorrir... =)*

Sei que... mas quero voar. Por favor.

Descalço-me. Mergulho no chão os pés nus. Deixo-me arrepiar pela sensação súbita do frio que me quer acordar. Fecho os olhos e espero o som da porta da rua a fechar-se. Silêncio . Há um compasso de espera. Como se a confirmar que é real. Suspiro inconscientemente, com o corpo todo. Sinto-o relaxar. Só agora... Precisar de estar só . Uma sensação que eu não compreendia. Que me era estranha. E que agora me atinge como uma mão que impede de respirar, constantemente. Não sei sobreviver de outra forma a esta onda. A este torpor e a esta ganância da alma. Quero silêncio. Quero poder ouvir de novo o meu coração a bater. Mais do que ouvir-me, escutar-me. Escutar o meu som. Vivê-lo, curti-lo. Sabendo quem sou, isto é muito bom! Habituada a precisar do ar de outrém. A desesperar pela mão sempre próxima, ao afago constante. Dependente. Isto é, portanto, maravilhoso passo. Redefinição. Mudança. Transformação . E no entanto, pareço viver a vida em constante e ininterrupta mudança. Pareço lagarta q...

Como se estivesse prestes a desaparecer...

Não consigo escrever... Preciso que olhes para mim. Preciso daquele brilho único nos teus olhos, que faz o mundo parar! Como se eu fosse o teu mundo. Preciso daquela falta de ar, daquela sensação boa na barriga. Ainda te lembras de como é?! Não quero perder isso... não te quero perder! Quero de novo as tuas mãos gulosas, a tua paixão a picar-me na boca, por entre beijos. Quero os teus olhos deliciados, e quero, mais do que tudo, a tua gargalhada. Sabes que essa é mais rara do que aquelas pedrinhas do fundo do mar? E é tão mais bonita... quando tu ris, fazes-me ressonância no corpo, na alma, como se fossem cócegas macias... e só me quero rir contigo, ir contigo nesse barco e desaparecer... Também és o meu barco para fora da realidade... e eu quero tanto embarcar contigo. Quero sonhar nos teus braços, onde posso deixar de ter medo. E quero ser a mulher de quem tu precisas. Aquela mulher que está sempre segura no seu lugar, feliz, sorridente. Que canta como um passarinho sem medo. Aquela ...

Baloiço

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Hoje sentei-me no baloiço. Não obstante a chuva teimosa, o céu de dentes rangentes, as caras franzidas. Ajeitei as meias às riscas que me chegam ao joelho, levantei as saias e aconcheguei-me nesse tesouro da infância que é o baloiço. No baloiço fazemos o quê? Equilibramo-nos. Fazemos força para avançar. Para subir. Sabendo que em seguida voltaremos a descer. Deixamos o cabelo voar, voamos com ele. Esticamo-nos. Brincamos a esse doce balançar. Eu balancei. Querem saber o que descobri? Tenho 25 anos. Idade mais do que suficiente para chegar com os pés ao chão. Tirei um curso, e mais do que isso, acabei-o com prazer e distinção. Como quem recebe uma estrela para pôr na bata da escola primária. O auge. Tenho esperanças, equilíbrio, planos, ideias. Tenho amigos com quem brincar no recreio, tenho amor, que me protege. Tenho vida! Não tenho liberdade... Ai, espera! Não tenho o quê? Mas como é que se pode andar de baloiço e não ter liberdade para voar? Vamos voltar atrás... apagando esta últi...

As asas que eram minhas

Sentava-me na praia. Todas as tardes. Achei sempre, na minha humildade entrecortada, que só aquele pedacinho de praia me dizia respeito. Calcorreava os habituais quilómetros até à praia, parte pelos montes, e o resto pelo paredão. Corria numa parte do percurso, de música em jeito de parada militar. O que me fazia correr sempre, todos os dias, era a imagem da minha praia ao fundo. Por esse bocadinho de mim eu ansiava, e por ele me esforçava. Era o bocadinho do dia em que estava sozinha. Sem problemas de outrém às costas. Sem preocupações, sem outras vozes nem tudos ou nadas. Só eu. Chegava suada, exausta. Mas com um sorriso. Sentava-me sempre na mesma duna, como se de lugar marcado se tratasse. Com o mesmo rigor que distingue a cadeira M-12 da M-13. Sempre no mesmo lugar. Um ritual, imaginam. A música aqui já não interessava. Procurava só o som do mar. Da minha solidão a acompanhá-lo, como um tambor que fica ao fundo. A cabeça esgotava-se de pensamentos, muitas vezes tendo que me obriga...

Há noites assim. (Ode aos desconcentrados).

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Encontro-me assim a modos que mal aviada. Fico a olhar para a fatia de lua amarela lá fora, pelo rectângulo encaixotado no tecto, enquanto as nuvens bailam à sua volta, sem nunca se vincarem. Leves, soltas, como se quisessem dizer-me que nada do que é belo fica. Finco as unhas na perna, para me obrigar a concentrar. Com uma dose de estimulantes (legais!) por mim abaixo, que me devia dar vontade de convidar a tese para dançar. Nada. Levanto-me para esticar as pernas, rodo o pescoço, e sinto as articulações como que coladas (tretas!, que isto com 24 anos é impossível ser verdade), obrigando-me a mexer. Volto a sentar-me. Mexo no cabelo, mesmo a tempo, uma madeixa solta-se. Assim não dá para trabalhar, e perco mais cinco minutos em busca de um gancho que resolva o problema. Se calhar preciso de inspiração, penso eu, e navego em busca de músicas e de frases e de coisas (que nada têm a ver com a tese), mas eis que não tenho ligação à Internet, e lá vai de mais dez minutos até conseguir ver ...

Pensamentos rápidos de uma qualquer madrugada.

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O amor é algo de muito estranho. Quando pensamos que já se entranhou em nós, ele surpreende-nos, enterrando-se ainda mais na pele, no coração. Quando pensamos que já o conhecemos de cor, ele torna-se comboio, ganha vida e abalroa-nos. Quando nos esquecemos da sua intensidade, acordamos um dia a sentir o seu abraço, mais apertado do que nunca. Sentimos uma saudade surda e tão burra, tão irracional, apenas com um dia de vida, mas que se instala e que nos incomoda, até ao próximo beijo. Quando achamos que sabemos o que é o sabor do amor, ele aparece, como cócegas suaves nos pés, nas coisas mais pequenas, revelando-se ainda mais doce. Quando penso que já não me podes surpreender, eis que dou por mim a suspirar...*