Carta para o mês de Outubro

Querido Outubro,

Costumas ser tão doce para mim. Já me trouxeste o amor quando eu estava longe; já me trouxeste trabalho quando eu estava desorientada. Trouxeste já a ternura dos amigos. Até uma bicicleta, belo Outubro, a combinar com o Outono, para me ajudar a não parar. Trazes recomeços, abraços, esperança. Costumas trazer sol q.b., luz - uma luz mais amarela, de que eu gosto. Costumas trazer-me força para escrever; inspiração. E o que eu preciso desse mel.

Trazes coisas pequenas, detalhes a que muitos não prestam atenção, mas que enchem a alma de quem pede pouco e está atento. Trazes o recolhimento, a introspecção, e o fôlego - fôlego de quem ama o calor, para inspirar fundo e aguentar mais um Inverno.

E os outros meses têm sido tão bandidos. Se eu te contasse tudo, irias concordar comigo. Mas não me vou queixar. Tenho sorte, no meio disto tudo. Mas não me importava de me reencontrar com o meu brilho. Com aquele sorriso que persiste para além das rugas, que se estende pela pele, que acorda tudo o que está adormecido.

Outubro, por favor sê doce para mim. Só mais uma vez. E se não for pedir muito, desta vez, arranja maneira de ser de vez.

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