Pequena coisa. Coisa pequena.

Em cada um dos teus dias tem de haver uma coisa, pelo menos uma coisinha pequenina, que seja boa. Acredita. Apenas ainda não reparaste. E pode não apagar todas as menos boas e as terríveis que por ti passam, nesse mesmo dia. Mas não te deixes enganar.

O tamanho não está apenas nas coisas, mas também na mão que as agarra. Será que a encaras como uma perda de tempo (sim, essa coisa boa de que falei), como uma poeira própria de microscópio, ou será que és capaz de algo muito mais difícil e desafiante - deixar-te levar pela curiosidade de descobrir o quão grande essa coisa pode ser, dentro de ti?

Não ouso dizer que descobri a cura para todos os males, nem a estratégia certa para todos os dias. Mas na maior parte dos dias corremos; estabelecemos metas e deixamo-nos apanhar sobretudo pelas tarefas e deveres (têm de vir primeiro). Não sobra tempo para as casualidades, para os pormenores e para as sortes dentro dos percalços. Às vezes dura o tempo de uma respiração. Estás atento?

Hoje é pequena, amanhã pode ser grande. É como se elas andassem a saltitar entre todos nós. Hoje calha-me uma maior, amanhã calhar-te-á a ti. Entretanto, vou recebendo as pequenas, para não me esquecer do sabor. E vou recebendo as menos boas, para me lembrar de estar grata. E para nunca deixar de aprender.

Não é verdade absoluta, mas agarrar os bichos mal-dispostos, na maior parte das vezes, só traz mais nervos e azares. Por isso mal não faz, tentar. Agarra-a, essa coisa boa, seja de que tamanho for, e não a deixes escapar sem um sorriso teu.

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