Dias cá. dias lá.

Há dias em que consigo viver esquecendo-me que existes. Como se não povoasses ainda memórias, sonhos, passos.
Há fases em que o faço gloriosamente; viver sem ti. Dias em que sou capaz de contar várias razões para estar só. Razões para continuar a ter esperança no dia de amanhã, num caminho aberto à minha frente. Dias em que recordo como vim parar aqui. Em que sou capaz de olhar em volta e contar várias bençãos, sentir-me grata, respirar fundo e continuar.
Há dias em que sei que tem de ser.

Há dias em que não faz mal. Em que não dói.

Mas depois há dias como o de hoje. Há dias em que tenho de morder valentemente os lábios para me impedir de te chamar.

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