Sobre António Zambujo.

Achei que tinha de falar de António Zambujo. Porque acho que tal encantamento de flauta no meio da floresta nunca me tinha atingido com tanta força. Que faz mexer o pezinho, trautear, sorrir. Uma música de quem põe mesmo o coração no que faz, e com isso remexe no nosso. No meu, claro está, pois felizmente, fora dos livros de criança, não respondemos todos à mesma flauta.
Como eu gostava das principais músicas que passavam na rádio, ofereceram-me dois CD’s dele pelo Natal. E agora dou por mim perdida nos folhos das melodias, na simplicidade ternurenta das letras. Por vezes flutuo atrás das histórias contadas, cantarolando. Dou por mim, sem tempo ainda para atribuir significado meu a uma canção, recordando momentos doces da minha vida. Inadvertidamente, vivo e respiro, em vez de sobreviver e arfar; grata, sorrindo sem que o esperasse. Sabe-me a colo, a sesta soalheira, a beijo gordo!
É esta doçura, sem dúvida. Este romantismo arejado e esta ternura desinteressada, que nos sopram para um qualquer lugar mais alto e melhor de vista. Despida de vulgaridades e vaidades, é uma música que não se empertiga e pode, ao mesmo tempo, dar-nos tudo aquilo de que precisamos. É uma voz que queremos acompanhar porque nos faz sonhar e acreditar no amor, mais uma vez.

Ai, que custa tanto desligar.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Aluga-se cantinho onde poder chorar

Longe do mundo... mas perto de ti!

E hoje é só.