Garra

Chega a altura do ano em que me procuro.  Depois de passar o ano a fugir, eis que me reúno comigo em espaço neutro, para um pacífico acerto de contas.
Há quem resista à ideia de que o fim de ano significa renovação, mudança. Algumas pessoas não gostam de o fazer, por ser uma tendência geral, rígida, limitada a esta época. Achar-se-á que se trata de uma moda, talvez. Para mim, no entanto, constitui um enorme alívio. Um momento de tréguas e de alimentação.
Costumo partir do princípio de que não sei o que quero. No entanto, olho para as listas dos anos anteriores: a minha lista de afazeres/objectivos não mudou assim tanto. O que significa que, se calhar, até sei o que quero. Simplesmente não estou a fazer tudo o que posso para lá chegar.
Faltam, então, garras. Para agarrar. E ser finalmente feliz.

*Fotografia de Briar Cliff.

Comentários

Soltem-se as garras, então, e sim, o balanço é sempre inevitável, mas renovador q.b. :)

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