À descoberta.

Agora [e por enquanto!] cheia de tempo, vou procurando a história que em mim está ainda por descobrir!
Leio livros que me inspiram. Recorto palavras e expressões. Guardo sensações no coração. Como recortes de jornal numa caixa de sapatos, à espera de uma oportunidade para as juntar e com elas fazer sentido. [para mim? para os leitores? não sei.]
Existem personagens em mim, que vou conhecendo, coleccionando e guardando. De coisas que sei, vejo e vivo. Baseadas em pessoas. Baseadas em mim. Baseadas em misturas de essências e existências.
Sei que uma dessas personagens anseia especialmente por existir, nas páginas de um livro. Uma delas [talvez uma apenas. talvez mais.] vai ser capaz de me ocupar os dedos por dias a fio, com uma história de princípio meio e fim, escrita à desgarrada, como tudo o que em mim brota: intenso, com um quê-de-louco, e esperançosamente bom.
Existe uma corrida desenfreada à espera de ser provocada, mas eu ainda não descobri, no meio desta meada, onde está esse fio condutor. Vou-me deixando baralhar por fios e pavios, misturando ainda mais o novelo, apertando alguns nós desnecessários. Mas essa ponta será encontrada. Só não me cabe saber quando.
Até lá, vou-me dividindo entre a descoberta de mim mesma e a descoberta de um caminho, a meio do qual vou encontrar-me inadvertidamente com o desejo de novamente existir escrevendo. Loucamente dedicada a esse prazer, e portanto completamente impedida de parar.

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