Nunca sabemos tudo sobre nós.

Estrela do Norte ou Estrela Polar [North Star]: "(...) tem esse nome porque é a única que permanece sempre fixa no firmamento num ponto coincidente com a projeção do eixo da terra (...) utilizada como referencial na orientação dos seres vivos sobre a superfície terrestre."

Incrível, como estamos sempre a aprender. Eu sabia que te amava. Sabia que eras o meu apoio, a minha luz. Sabia que precisava de ti. Mas não sabia que me podia tirar o sono, a fome, o norte, saber-te mal.
Embora estejas agora longe de perigo, estás desconfortável, a recuperar e com incertezas misturadas. Tudo me abandonou, à excepção de um sentido de sobrevivência totalmente voltado para ti. Abandonou-me a capacidade de pensar, fica apenas um sentido de alerta. O corpo todo reuniu as energias num só movimento, até ti, e por onde respiro. Como a tua mão hoje, esticada na minha direcção quando me viste entrar na enfermaria. E que ao mesmo tempo que me fez sorrir, partiu o meu coração. Corri para a tua mão e só desejava pôr-te fora daí, ver-te levantar e correr!
Imagino que seja isto (elevado ao infinito, talvez!) que é sentido pelas mães que têm os seus filhos em perigo.
Só conseguiria desapertar o coração se estivesse aí contigo, a ouvir-te respirar. A tocar-te de vez em quando, ao de leve, sem te acordar. Acredito idioticamente que ias conseguir adormecer comigo a teu lado. Mas acho que a verdadeira razão é que só assim iria abafar este soluço gigante que não me deixa respirar. Poder estar a olhar para ti é a única forma de juntar os pedacinhos à alma, neste momento. E sim, quando leres isto vais rir-te do exagero do que escrevi! Anseio por isso!
Neste momento não consigo acalmar-me do pesadelo. Sei que vai passar, que eu vou acordar e esquecer tudo isto, mas não é agora.

[parece que não consigo parar de escrever!]

Preciso de ti, mais do que pensava! Preciso de ti bem, feliz. O meu M.!
Nunca sabemos tudo sobre nós. Dúvidas houvessem, a 4 dias de celebrarmos 7 anos de namoro, de que te amo, e tinham ficado todas estilhaçadas hoje. Porque como diz uma caríssima colega blogger, "crescer é uma merda. e dói. dói. dói." Amo-te tanto... que dói. Quando tem de doer.
Por tudo isto, M., põe-te bom depressa, para eu poder respirar!! Já que não posso dar-te um beijo no rosto (e muito menos nos lábios), deixo-te um enorme beijo no coração. Para que saibas que estou contigo em cada segundo, a respirar contigo**