Nos céus teus, embalo o meu sonhar ... Sei, na minha recordação de ti, que estás sempre lá para mim. Sei que sentes o meu coração dorido de ti, como eu sinto o teu. Desta distância que nos separou, mas que não nos afasta. Porque posso estar perdida, mas não estou nunca abandonada do teu colo... Volto a perder-te todos os dias, e sei, no entanto, que nunca vais partir. Porque consigo ouvir-te a cantar, nos cantinhos da minha memória. Por isso canto, para ouvir um bocadinho de ti... Embora não possa ver-te, sei que sou como tu. E sei que mesmo que esteja longe do mundo, estou sempre perto de ti... Enrolo o meu sonhar numa manta colorida e despeço-me, lançando-o num impulso ao azul infinito, como uma ave que ainda agora começou a voar. Vejo-o desenhar trilhos que estavam ainda por descobrir, sem medo, sem hesitação. E depois, para minha surpresa, deixa a descoberto as suas asas novas, e escolhe o caminho que eu escolheria: em direcção ao sol. E ele leva-me ao efeito de contra-luz das á
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