Pombinha sem fel...


Sentada na lua, baloiçando os pés
Hoje não sou ser humano, sou um pássaro
Voando nas asas do silêncio, procuro
Abrigo da dor que chove dentro de mim.

Brinco às escondidas com a minha mágoa
Escondo-me nas nuvens, no tempo a passar
Fujo de conversas como criança
Choro, rio, mas contenho-me.

Oiço a melodia de uma baleia
Do mar, o vento a traz até mim
É o ritmo da eterna esperança
Ilusão que não chega, isso sim.

Nado no oceano do tempo
Que corre como a água de uma cascata
Quem não mata a sede da vida esquece
Que depois da vida vem a morte.

Não caias, dá-me a tua mão
Agarra-te à verdade, não à ilusão
Deixa os olhos serem guia, não o coração
Ou o sonho dormirá de eterna distância.

São lágrimas que correm enquanto deito
Estas palavras em que não acredito
Ao vento que as leva e as não traz
O mesmo que levou o meu anjo... para um sono eterno.

Comentários

polegar disse…
que saudades de ouvir chamar "pombinha sem fel"...

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