Abraço das estrelas

Abre-me as asas... agarra nas suas pontas e estica-as, como a um lençol branco que retém o ar em forma de balão... sente o vento a demorar-se nelas, a fazê-las dançar.
Vê-te reflectido na minha alma, vê a minha sombra desaparecer como a noite se esfuma com o raiar do dia.
Ouve a canção que os meus suspiros entoam em sinal de prazer, só de saber que amanhã o sol volta a nascer e a pôr-se em mim!
Vê-me crescer ao alcance do teu olhar, agora que a metamorfose dos sonhos passou por mim.
Ouve o dia a debruçar-se sobre mim, a abrir-me o céu para as loucuras do meu coração!
E se esta noite formos céu, lua, infinito?
E se conversarmos até que raios de luz venham interpor-se nas esferas dos nossos bafos? O quanto eu tenho crescido e aprendido contigo...
Sonha... pega num pó de estrela e lança-o no ar, fazendo comichão nos narizes, fazendo sorrir!
Vamos passar borracha nas lágrimas, ou então usá-las para regar...
Dá-me a mão. Sim, agora somos nuvens, com tempo para descobrir caminhos. O vento vem pedalando a nosso lado, cheio de força, a empurrar-nos para o abraço do universo! E que bom é o universo destes teus braços, apertados...
Perco-me de ternura, e então... encontro-me! Corpo e alma! Num sorriso! E o calor vem até mim junto do brilho dos olhos...
Obrigada!

Comentários

polegar disse…
perdermo-nos assim é a melhor maneira de andar sem norte. beijo

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