Mensagens

Sentir ou não.

Vou passando por aqui. Vou pesquisando em mim sentires que possa colar aqui. Ando um pouco morna. O que fazer para recuperar energias positivas?

Como um farol. Para que desejes voltar.

Imagem
Chegou o fim-de-semana. O primeiro (e único, espero cá dentro) em que vou estar separada de ti. Em que não vou meter-me de autocarro, ou apanhar boleia solidária até ao cantinho onde repousas ao sol, todos os dias do teu Verão. Sabe-me bem, saber que estás na tua paz. Só custa um bocadinho, como todos os anos, que eu não faça estritamente parte dessa tua paz. Mas sim, digo-me a mim própria, repetindo interiormente o que tantas vezes me explicaste pacientemente, eu faço parte da tua vida, e é importante para ti que assim seja. Simplesmente estamos a fazer uma lavagem na relação. Como os lençóis da cama que têm de ser arejados, como os tapetes que estendemos e sacudimos, as janelas que abrimos para deixar que a brisa lave o cheiro à casa. Ou as cortinas de Inverno, escuras, pesadas e porosas, que dão lugar às leves cortinas de Verão, vaporosas e claras. Vão escorrer uns onze dias até que te veja. Quatro deles já passaram. Sem dificuldade, como o vento, que passa em qualquer fresta...

Pele a cheirar a sol

Um punhado de dias e a pele ficou a cheirar a sol. E a protector solar, mesmo depois de muitos banhos. O sal do mar cura muita coisa... mas começo a achar que tem uma substância qualquer para nos deixar completamente viciados. A paz daquele lugar não tem nada que se lhe compare. Pelo menos que eu conheça. O estilo de vida, o ritmo... onde a vida corre devagar. E bem. Estou de volta ao trabalho. E de bem com isso, porque gosto do que faço. O M. lá está, por terras do sol, a aproveitar as suas férias (de dia e de noite!), espalhando saudades cá por cima. Mas não demasiadas. O coração vai estando mais tranquilo com a distância. Segurança, finalmente? E agora reflicto na hipótese de lá retornar, mais um fim-de-semana, para trazer engarrafado mais um pouco de cheiro a sol.

Amo-te...

... e já sinto saudades. Do calor do teu olhar, da paz das tuas mãos. Da ternura nos teus beijos. Mas sei que estás bem. Isso preenche-me, tranquiliza-me. E por fim, o lugar ausente onde antes encaixavas tu, inspira-me a tomar o espaço para cuidar de mim. Só até fugir, de comboio, até ti. Até nós. Até já!

Um novo acordar!

Imagem
*Um pouco mais de quem sou... Nunca pensei vir a encontrar uma tão grande fonte de inspiração num programa da Tvi. Mas foi ao ver o final do "Perdidos na Tribo" que senti o novo acordar de um sentimento, um desejo antigo. Ao ver as lágrimas correrem nas faces de pessoas com uma cultura tão diferente e tão pura, ao despedirem-se daqueles que os visitaram, e pela ligação que criaram, senti de novo esse chamamento para o trabalho voluntário num lugar como este. Onde somos expostos aos nossos próprios limites; onde conhecemos uma realidade que nos abala e confunde; onde devemos ser o "lado forte", onde não há lugar nem tempo (e, penso, no íntimo, nem sequer desejo) para pensar em nós. Onde aprendemos a conhecer-nos de novo, ou pela primeira vez. E onde conhecemos o verdadeiro significado da gratidão, do amor, e da ligação. Da relação desinteressada com os outros. Onde somos de igual para igual, a aprender e a ensinar. Foi assim que construí, sem me dar conta, um plano n...

Dia menos...

Sento-me na cadeira com pé de estrela e as palavras parecem correr. Sempre melhor do que noutro sítio qualquer. Mas hoje apetecia-me falar de coisas negativas. E recuso-me a isso. A cabeça hoje pesa com os problemas dos outros (a dor já levou a tomar um comprimido, coisa pouco habitual). Não se deixa carregar com facilidade, este peso, estrebuchando sem perdão. Toca a aprumar os atacadores do sorriso, vestir os sapatos de baile e sair para um bocadinho com os amigos. Que amanhã logo é outro dia e está fresco lá fora. Quem sabe se amanhã não consigo levantar-me cedo e ir fazer uma manhã de praia...

Hoje,

Imagem
talvez pela primeira vez em muito tempo, senti saudades de uma antiga amiga. A única que tive com pés e cabeça, do princípio ao fim, para todo o terreno. Amiga que se julga que vai estar ali para sempre. Com quem desabafamos, a quem ligamos já sem pensar, sem hesitar no número a marcar. E que nos aparece, também ela, em momentos de desespero, sempre contando connosco e a quem acudimos sem pestanejar. Até que um dia, esta pessoa que conhecemos e a quem amamos, como um mapa que nos está colado à razão e nos é querido mais do que nós próprios, desaparece. A esta pessoa dá lugar uma outra, que não conhecemos, e de quem certamente não sabemos gostar. O afastamento é bola de neve, e se já íamos compreendendo mal esta pessoa, aos poucos vamos até criando aversão, sem compreender bem porquê. Reagimos como um animal confuso e encurralado. Feridos pelo nosso próprio orgulho e ignorância do que se passa, somos também nós parte dessa bola de neve, porque queremos a pessoa "antiga" de vo...