A dor de querer sonhar [pequeno]
Desejo fugir.
Nunca pensei vir a ter vontade de fugir de algo que não se mexe, que não sai do sítio. E que ainda por cima faz parte de mim. Como é o caso do meu país.
Mas sonhar com o dia de amanhã parece ter-se transformado numa doença, aqui neste cantinho à beira-mar plantado!
Acreditar num amanhã melhor, num futuro, por mais simples e humilde que seja a construção, é agora irrealista e exagerado!
E eu não estou pronta para abdicar do meu direito a sonhar! Não aceito que me tirem isso!
Em pequeninos, todos nós sonhávamos com castelos de princesas, super-carros, vidas de filme! À medida que crescemos, vamos adaptando [mais ou menos!] os nossos sonhos à realidade que vamos conhecendo.
Mas nunca pensei que um dia, o estado do país onde nasci e cresci me viria a vedar o acesso a coisas como ter filhos, um trabalho minimamente estável, uma carreira, um tecto!
Ainda que queiramos sonhar pequeno... não dá! E isso dói! Cria pessoas sem nada a perder...
Olhamos à nossa volta e percebemos que as pessoas estão a deixar de viver... trabalham apenas para sobreviver, para alcançar mínimos, para remediarem um céu eternamente cinzento e esburacado. Não há lugar a pintar sóis ou estrelas, nesse céu.
E a vida tem de ser mais do que isto...
Meu rico Portugal... que de rico já não tens nada...
Nunca pensei vir a ter vontade de fugir de algo que não se mexe, que não sai do sítio. E que ainda por cima faz parte de mim. Como é o caso do meu país.
Mas sonhar com o dia de amanhã parece ter-se transformado numa doença, aqui neste cantinho à beira-mar plantado!
Acreditar num amanhã melhor, num futuro, por mais simples e humilde que seja a construção, é agora irrealista e exagerado!
E eu não estou pronta para abdicar do meu direito a sonhar! Não aceito que me tirem isso!
Em pequeninos, todos nós sonhávamos com castelos de princesas, super-carros, vidas de filme! À medida que crescemos, vamos adaptando [mais ou menos!] os nossos sonhos à realidade que vamos conhecendo.
Mas nunca pensei que um dia, o estado do país onde nasci e cresci me viria a vedar o acesso a coisas como ter filhos, um trabalho minimamente estável, uma carreira, um tecto!
Ainda que queiramos sonhar pequeno... não dá! E isso dói! Cria pessoas sem nada a perder...
Olhamos à nossa volta e percebemos que as pessoas estão a deixar de viver... trabalham apenas para sobreviver, para alcançar mínimos, para remediarem um céu eternamente cinzento e esburacado. Não há lugar a pintar sóis ou estrelas, nesse céu.
E a vida tem de ser mais do que isto...
Meu rico Portugal... que de rico já não tens nada...
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