Trabalhar com mães dá nisto... aqui fica um relato meio inventado, meio sonhado, meio observado... Trago a barriga cheia de sonhos. Mexo-lhe e sinto-a mexer. Ela sonha connosco, conversa connosco através dos seus pequenos pezinhos bailarinos na minha barriga, os seus movimentos delicados e graciosos de dançarina... Canto para ela, enquanto arrumo a roupa, ou faço a comida. Sei que ela me ouve porque se acalma. Tal como quando tu conversas com ela na tua voz calma e grave, que ela adora, e a sinto ronronar dentro de mim. Quando me apanhas a cantar e eu solto uma gargalhada rouca, ela ri-se comigo. Sinto-a vibrar. Sei que anseias por me ver com ela na cadeira de baloiço, já com a noite adormecida, a cantar-lhe ou a contar-lhe uma história. Sei que me vais espreitar da ombreira da porta. E eu vou fazer o mesmo, quando tu dançares com ela no teu colo de madrugada, a ouvir Bob bem baixinho, para eu poder dormir. Consigo imaginar a orelhinha pequena dela encostada ao teu peito, a saborear o ...
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