A(s) Quatro Estações
Há dias em que simplesmente apetece não existir. Não estar. Quando tudo o mais parece falhar, também tu falhas. Estás ausente, ignoras, foges. Sinto-me o espelho de um quarto vazio, o beco de uma escada sem degraus... porquê? Porque quando chamo por ti, tu mudas de nome.
Entro em desespero com as brigas, que parecem rodar à volta dos mais insignificantes temas; confesso: se ouvisse de fora algumas das nossas conversas acho que iria soltar algumas boas gargalhadas. Soltamos as crianças que vivem em nós, deixamos que usem as palavras como bolas de neve, que atiram uma à outra com toda a sua força... incessantemente, sem deixar o outro acabar de falar. Conhecemos os erros do outro, em errante confiança: usamo-los como escudos de protecção. Em momentos de guerra tudo serve como arma de arremesso, não é? Mas o maior erro é que essa "confiança" gera desconfiança, e acabamos por não conseguir proteger-nos de nós mesmos. Os filmes nascem, crescem e alimentam-se da nossa sanidade mental. Tudo nos tolda o pensamento. E deixámos de confiar, antes ainda de saber porquê. O maior erro é a falta de compreensão... não sabemos ouvir o coração humano, que bate por detrás das cortinas obscuras da nossa aparência. Depois da esplendorosa Primavera vivida no teu coração e no meu, chegou a hora da vaga de calor do Verão (ou rotina, como preferirem chamar-lhe), a secar as emoções; a maturação das folhas e dos pensamentos a caírem com o vento do Outono; a cruel corrente gelada do Inverno, a tornar nebulosas as decisões. Ainda assim... anseio eternamente por nova Primavera. Desejo ainda tornar todos os teus dias num novo botão de flor a desabrochar; os teus sonhos num arco-íris a pintar o céu para que todos possam ver; o teu sorriso e a tua gargalhada (agora esbatidos) numa pintura colorida de um campo de papoilas. Dizem que Primavera como aquela não viverá mais; enganam-se. As quatro estações são um ciclo, e eu acredito que de novo o sol sorrirá a 21 de Março, e um pomar se abrirá em fruta fresca, para ti e para mim. Ainda com muito amor, vivendo no sonho de eterna Primavera
Entro em desespero com as brigas, que parecem rodar à volta dos mais insignificantes temas; confesso: se ouvisse de fora algumas das nossas conversas acho que iria soltar algumas boas gargalhadas. Soltamos as crianças que vivem em nós, deixamos que usem as palavras como bolas de neve, que atiram uma à outra com toda a sua força... incessantemente, sem deixar o outro acabar de falar. Conhecemos os erros do outro, em errante confiança: usamo-los como escudos de protecção. Em momentos de guerra tudo serve como arma de arremesso, não é? Mas o maior erro é que essa "confiança" gera desconfiança, e acabamos por não conseguir proteger-nos de nós mesmos. Os filmes nascem, crescem e alimentam-se da nossa sanidade mental. Tudo nos tolda o pensamento. E deixámos de confiar, antes ainda de saber porquê. O maior erro é a falta de compreensão... não sabemos ouvir o coração humano, que bate por detrás das cortinas obscuras da nossa aparência. Depois da esplendorosa Primavera vivida no teu coração e no meu, chegou a hora da vaga de calor do Verão (ou rotina, como preferirem chamar-lhe), a secar as emoções; a maturação das folhas e dos pensamentos a caírem com o vento do Outono; a cruel corrente gelada do Inverno, a tornar nebulosas as decisões. Ainda assim... anseio eternamente por nova Primavera. Desejo ainda tornar todos os teus dias num novo botão de flor a desabrochar; os teus sonhos num arco-íris a pintar o céu para que todos possam ver; o teu sorriso e a tua gargalhada (agora esbatidos) numa pintura colorida de um campo de papoilas. Dizem que Primavera como aquela não viverá mais; enganam-se. As quatro estações são um ciclo, e eu acredito que de novo o sol sorrirá a 21 de Março, e um pomar se abrirá em fruta fresca, para ti e para mim. Ainda com muito amor, vivendo no sonho de eterna Primavera
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