Seres interiores e anteriores
Desatentadamente vivemos os nossos dias. Achamo-nos senhores do nosso tempo, esquecemo-nos de aprender. E um dia, algo de inesperado acontece. O comum "ficar sem tapete sob os pés". A dor chega e inunda todos os espaços que antes ocupávamos com falsas preocupações, ócios e lazerações [lazeres que nos dilaceram]. Apodera-se de pensamentos e funcionamentos. Transforma-se temporariamente naquilo que somos. Ou no que passamos a ser. [Para vos exemplificar, pensem na dor de ver alguém que amam a sofrer. É o exemplo que estou a reter.] Chegados aqui, somos forçados a reaprender. Porque de coração em fogo e fumo nos olhos, desaprendemos tudo. Descoloramos os nomes todos que já sabíamos, gatinhamos em vez de correr, esquecemo-nos de respirar. Voltando a viver cada dia com uma pequena glória, saboreando vitórias que já nos eram "nadas". Guardamos mensagens no telemóvel, como que para nunca nos esquecermos de estar gratos. Pelas pequenas bençãos que a vida nos vai devolve...