E o pontapé no rabo que não vem!
O trabalho nunca mais chega. Bato às portas todas, levo comigo o sorriso de quem nunca ouviu um "não", mas que batalhará para ouvir um "sim". A portas não chegam a abrir ou assim. Raramente oiço o "não" que me permitirá, ao menos, sossegar a cabeça e riscar esta da lista. Deixo o cartãozinho e sigo em frente, com a atitude de quem acredita que na próxima campainha é que aguarda o "sim". Sempre acreditei um pouco na sorte. Para quem trabalhe arduamente, claro está, que para os outros não há folgas. Sempre tive, nos momentos cruciais, um empurrãozinho, uma pessoa, um golpe especial de sorte que ajudou a garantir, juntamente com o meu suor, o lugar na final. Talvez seja por isso que neste momento me custe tanto não sentir esse pé no rabo, que ao menos me empurre para a frente! Gostava de poder estar a começar a pensar na minha casinha. Gostava de poder viajar mais. Queria poder fazer planos com o M. para o futuro, porque o meu coração já se vai incl