A plantinha que sou.
Algo vai mudando. Algo em mim vai crescendo, devagarinho. Imagino-o como um pequeno rebento, uma pequena plantinha que vai desabrochando do solo, quase invisível. E um dia, quando o sol lhe toca, ela já mostra uma tímida folha verde. Dois dias depois, já rebenta mais uma ou duas folhas. E assim, com a timidez dos primeiros passos de uma criança, vai-se revelando. E é bonita! Pequena, igual a tantas outras, mas ao mesmo tempo, fascinante na sua idiossincrasia. Somos, sem dúvida, únicos. Um misto de coisas nos foram tocando, alimentando, a uma vez amarrotando ou protegendo. E isto somos, hoje. Temos coragem para nos vermos ao espelho? Para aproximarmos a cara até ver bem fundo, lá para dentro da máscara exterior, e tocarmos naquilo que o nosso íntimo esconde? E brincamos com esses bocadinhos de nós? Conhecemo-los, mesmo de olhos fechados, apenas tacteando? Ou será que temos medo, e nos deixamos levar pela segurança do que os outros (pensam que) sabem sobre nós? É mais confortável, cert...