And the oscar goes to...
O tempo passa por nós, muitas vezes como um tapete voador que nos retira de um lugar e nos leva para outro, sem que sequer cheguemos a dar por isso. Os caracóis da idade da inocência caíram, algumas rugas adensaram-se à beira do precipício do olhos e do sorriso (por vezes até da testa), e a pele, antes resistente a qualquer intempérie, agora texturiza-se de manchas e de grossas olheiras com a falta de tempo, os trabalhos que ainda estão na cabeça e os outros que já estão a ser feitos ou já deviam ser entregues... enfim, a entrada a pés juntos na vida adulta. Em resumo, o brilho dos olhos tornou-se um pouco mais baço: já não se sonha tanto com o príncipe encantado, a banda favorita ou o bife com natas, mas fantasia-se antes com uma casa a que possamos chamar nossa, um emprego estável e de que gostemos, e dinheiro ganho por nós, para uma refeição garantida. Enfim, crescer... Mas não escrevo para falar das coisas más que se adquirem, ou da suposta "crise" de que todos falam. Esc...