Ficção para quê?
um homem vai levar a mulher ao trabalho. faz uma inversão de marcha, manobra de sempre, em consciência de que não infringe as regras de trânsito. logo a seguir é interceptado por dois polícias que o acusam de manobra proibida. olhe que não, senhor guarda. mas eles insistem de tal forma, e o homem, que não é de ferro e acha que tem razão e que estamos em democracia - somos inocentes até prova em contrário -, acaba por pedir para os guardas se identificarem, para ele poder apontar nomes e números de distintivos. os polícias, em gestos vagos, para não dizerem que não se identificaram, passeiam os distintivos de maneira que não se leia nada. mas aquilo não cai bem e resolvem que o homem está a desautorizar a autoridade. chamam reforços, imobilizam o homem à bruta, algemam-no e ainda dão um encontrão à mulher. que por acaso está grávida. de 7 meses. ela começa a pedir aos transeuntes que, já que estão a molhar o pão no sangue, deponham como testemunhas do abuso. todos baixam as cabeças e ti...